Publicidade

Aliados iniciam pressão por reforma ministerial

Na corrida pela sucessão da Câmara, congressistas do Centrão tentam ganhar as pastas da Saúde e da Cidadania

Aliados iniciam pressão por reforma ministerial
Palácio do Planalto
Publicidade
Na mira da recomposição da base no Congresso e para garantir que Arthur Lira (PP-AL) seja eleito presidente da Câmara, o presidente Jair Bolsonaro começa a discutir mudanças na Esplanada dos Ministérios. A montagem do quebra-cabeça é uma pressão dos aliados, pois as alterações na equipe poderiam assegurar espaço aos partidos do Centrão, como PSD, PL e Progressistas.

Independentemente do resultado sobre quem vai suceder Rodrigo Maia, o Progressistas deve ganhar mais espaço na gestão Bolsonaro e passar a comandar a pasta da Saúde ou Cidadania. Os dois ministérios são visados porque recebem a maior parte dos recursos. Assessores do Planalto e parlamantares dão como certa a demissão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, até o final deste mês.

Bolsonaro está incomodado com a demora de Pazuello para fazer sair do papel um Plano de Imunização contra a Covid-19. O nome do líder do governo na Câmara é apontado como o cotado para assumir a função, já o deputado Ricardo Barros foi titular da pasta da Saúde no governo de Michel Temer. O congressista, entretanto, negou que possa trocar o Legislativo pelo Executivo.

Ricardo Barros diz que quer ficar na Câmara para garantir que o govenro consiga aprovar as reformas tributária e administrativa na volta dos trabalhos em fevereiro. Na última live de 2020, o presidente negou que queira demitir Pazuello.

Outra pasta visada pelas siglas do Centrão é a Cidadania. Assessores do presidente afirmam que ele quer convencer o ministro Onyx Lorenzoni a voltar para o Legislativo. Bolsonaro diz que tem um projeto para Lorenzoni, no Congresso. No entanto, o atual ministro da Cidadania, que começou o governo na Casa Civil, não quer sair da pasta que comanda o Bolsa Família. 

No Meio Ambiente, apesar das críticas sobre a gestão do ministro Ricardo Salles, o presidente resiste a ideia de demitir Salles da pasta. O ministro faz parte da ala ideológica e criou boa relação com os filhos do presidente que sempre saem na defesa dele. Outro ministério visado é a pasta do Desenvolvimento Regional. O ministro Rogério Marinho assumiu a vaga depois de deixar Secretaria Especial da Previdência, no Ministério da Economia.

A indicação de Marinho faz parte da cota pessoal de Bolsonaro. O ministro já foi filiado ao PSB e ao PSDB. Atualmente está sem partido. Rogério Marinho se tornou um aliado importante e foi ele que incentivou Bolsonaro a viajar pelo Nordeste durante o ano passado para se aproximar do eleitorado que nos últimos dez anos sempre preferiu o PT.

Na 5ª feira (31.dez), em transmissão pela internet, Bolsonaro fez questão de citar Marinho. Deu os parabéns ao titular do Desenvolvimento Regional e disse que ele está sendo o responsável por levar água potável para todo a região Nordeste. Além de Rogério Marinho, o presidente citou também a ministra Damares, da Mulher, Família e Direitos Humanos e o ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura. Ministros que estão na lista dos preferidos de Bolsonaro.

Na quinta-feira, em edição extra do Diário Oficial da União, saiu a nomeação de forma interina de Pedro Cesar Nunes Ferreira Marques de Souza na Secretaria-Geral da Presidência da República. O novo ministro já exercia a função de subchefe para Assuntos Jurídicos. O então ministro Jorge Oliveira deixou a pasta para assumir vaga no Tribunal de Contas da União.

Logo depois que o presidente confirmou a indicação de Oliveira para o TCU, em novembro do ano passado, assessores do Planalto afirmaram que Pedro Nunes poderia ser o indicado definitivo para a vaga, o que não se confirmou. Indicativo de que Bolsonaro deve usar o espaço na Secretaria-Geral também na reforma ministerial.

Parlamentares apontam que o ministro Luiz Ramos, hoje na articulação política, não fica na função, o que também foi negado pelo presidente Bolsonaro. Os aliados não descartam também a recriação de ministérios como o do Trabalho e da Indústria. A reforma é esperada para garantir a governabilidade de Bolsonaro na Câmara e no Senado e assegurar as ações do governo nos dois últimos anos da gestão e a disputa pela reeleição.
Publicidade
Publicidade

Assuntos relacionados

portalnews
nathalia-fruet
governo
reforma ministerial

Últimas notícias

Advogado é preso por atropelar rapaz por duas vezes em posto

Advogado é preso por atropelar rapaz por duas vezes em posto

Crime foi registrado em Goiás; criminoso passou por cima de vítima e, depois, se envolveu em acidente
Motorista de app atropela passageiro após discussão em corrida

Motorista de app atropela passageiro após discussão em corrida

Caso foi registrado em Uberlândia (MG); vítima relata que condutor foi mal-educado e andava em velocidade excessiva
"Imposto do pecado": cobrança sobre bets "tende a incentivar mercado ilegal", diz associação

"Imposto do pecado": cobrança sobre bets "tende a incentivar mercado ilegal", diz associação

"Medida pode tornar ineficaz o processo de regulamentação do setor", avalia ANJL; deputados já manifestaram interesse em incluir ponto na reforma tributária
Trabalhador fica mais de 7 horas soterrado em escombros de obra

Trabalhador fica mais de 7 horas soterrado em escombros de obra

Acidente foi registrado em Salvador; Defesa Civil baiana diz que construção é irregular
"Democracia pode punir governante muito leniente com a inflação", diz Pedro Malan

"Democracia pode punir governante muito leniente com a inflação", diz Pedro Malan

Nos 30 anos do Real, ex-ministro da Fazenda revela qual era sua principal preocupação na implementação do plano econômico
"Desumano", diz ministro sobre projeto que pretende multar pessoas que ajudarem moradores de rua em SP

"Desumano", diz ministro sobre projeto que pretende multar pessoas que ajudarem moradores de rua em SP

Em entrevista ao Perspectivas, Silvio Almeida criticou o projeto aprovado em primeira votação na Câmara de SP
Roubo de R$ 175 mil a banco é notado três dias depois

Roubo de R$ 175 mil a banco é notado três dias depois

Crime aconteceu em Santa Luzia (MG) na sexta, mas só foi percebido na segunda-feira
Radiador explode e água deixa queimaduras de 2º grau em jovem

Radiador explode e água deixa queimaduras de 2º grau em jovem

Abertura de compartimento com líquido fervente atingiu tórax da motorista; carro deve estar frio durante verificação
Correios anunciam programa de demissão voluntária e concurso com 3,2 mil vagas; edital sai em agosto

Correios anunciam programa de demissão voluntária e concurso com 3,2 mil vagas; edital sai em agosto

Presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, tinha antecipado informações em entrevista recente ao SBT News
São Paulo registra junho mais quente e seco em 63 anos

São Paulo registra junho mais quente e seco em 63 anos

Temperatura média máxima foi de 26,3º C; também não houve registro de chuva nos 30 dias
Publicidade
Publicidade