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Irritado com reação do mercado, Lula ironiza: "Fica nervoso à toa"

Diz que em quatro anos de Bolsonaro mercado não ficou nervoso; dólar subiu e bolsa registrou queda

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Lula
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a tarde desta 5ª feira (10.nov) irritado com a reação negativa do mercado após seu discurso pela manhã, defendendo foco na responsabilidade social.

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Lula fez reuniões na sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Após acompanhar a alta do dólar e queda da bolsa superior a 3%, comportamentos influenciados por seu discurso, ele fez questão de ir até os jornalistas no fim do expediente para mandar um recado: "O mercado fica nervoso à toa. Eu nunca vi um mercado tão sensível quanto o nosso. Engraçado que esse mercado não ficou nervoso nos quatro anos de governo Bolsonaro". 

Esta fala de Lula foi tão planejada que logo depois a declaração foi postado nas redes sociais do petista. 

Pela manhã, o estresse do mercado foi causado principalmente por este trecho: "Por que as mesmas pessoas que discutem a seriedade do teto de gastos não discutem também a questão social neste país? Por que o povo pobre não está na planilha de discussão da macro economia? Por que a gente tem meta de inflação e não tem meta de crescimento? Por que a gente não estabelece um novo paradigma de funcionamento neste país?".

Questionado sobre o tema, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), saiu em defesa de Lula. Afirmou que o ex-presidente falou sobre a questão social e sobre a questão fiscal e ressaltou que não há incompatibilidade entre elas. "O presidente Lula já foi presidente da República, assumiu com uma dívida sobre o PIB de 60% e, quando transferiu [o governo], a dívida era menos de 40% do PIB. Ou seja, baixou de 60% para 40% a dívida sobre o PIB, teve superávit todos os anos... Então se alguém teve responsabilidade fiscal foi o governo Lula", afirmou.

Pelo Twitter, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou que Lula não "enfatizou investimentos na área social em detrimento do equilíbrio fiscal" e disparou: "Onde estavam quando Bolsonaro fez gastança na pré-campanha eleitoral?".

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