Em primeiro discurso, Lula diz que democracia venceu
Presidente eleito agradeceu os votos, falou em união e diálogo: "vou governar para 215 milhões"
O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante primeira fala após divulgação do resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez um discurso pautado pela união, diálogo e fortalecimento da democracia.
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"É a vitória de um movimento democrático que se formou acima dos partidos políticos, interesses pessoais e ideologias, para que a democracia saisse vencedora", afirmou Lula.
As declarações foram dadas em entrevista coletiva em hotel de São Paulo, onde, ao lado da esposa Rosangêla da Silva, Janja, de aliados recentes, como a senadora Simone Tebet (MDB), e outros de longa data, como Fernando Haddad (PT), Lula agradeceu a Deus, aos que estiveram ao seu lado durante a campanha e aos brasileiros que votaram nele.
"Nós não enfrentamos um adversário, nós não enfrentamos um candidato, nós enfretamos a máquina do estado brasileiro colocado a serviço do candidato da situação para tentar evitar que nós ganhássemos às eleições. E graças ao povo brasileiro, a quem eu quero agradecer de coração, quem foi pra urna, eu quero dar os parabéns", disse Lula.
O presidente eleito voltou a defender "um país igualitário cuja prioridade sejam as pessoas que mais precisam. Um Brasil com paz, democracia e oportunidade".
Lula admitiu que enfrentará uma situação muito difícil, em referência à polarização política, mas disse que acredita que ao lado do povo conseguirá restabelecer a paz e a união.
"A partir de 1º de janeiro de 2023 eu vou governar para 215 milhões de brasileiros. Não existem dois 'Brasis', somos um único país, um único povo, uma única nação", repetiu.
O petista ainda afirmou que vive "um processo de ressurreição na política brasileira, porque tentaram me enterrar vivo e estou aqui para governar esse país".
"Hoje nós estamos dizendo ao mundo que o Brasil está de volta. Que o Brasil é grande demais para ser relegado ao triste papel de pária do mundo. Vamos reconquistar a credibilidade, a previsibilidade e a estabilidade do país, para que os investidores retomem a confiança no Brasil".
Sobre combate à fome, disse que seu governo vai lutar para que o Brasil seja um país justo "e que todos possam comer e trabalhar". E reafirmou "combater a miséria é a missão pela qual eu vou viver até o resto da minha vida".