Quem são os 156 milhões de eleitores aptos a votar neste domingo
2022 tem eleitor mais instruído, adesão em massa de jovens e número recorde de votantes no exterior
Neste domingo (2.out), 156.454.011 brasileiros aptos a votar vão às urnas, para eleger o presidente e o vice-presidente da República, deputados federais, estaduais e distritais, senadores e governadores. O tamanho do eleitorado -- 6,21% maior que em 2018 -- é recorde até hoje segundo a Justiça Eleitoral. Esses eleitores estarão distribuídos em 2.637 zonas eleitorais e 496.856 seções, no Brasil e no exterior. Serão, ao todo, 94.028 locais de votação. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram o perfil médio do eleitor: a maior parte é mulher, mora no Sudeste do país e tem ensino médio completo.
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São Paulo é o maior colégio eleitoral do Brasil, com 22,16% de todos os eleitores (34.667.793), um a cada cinco votantes do país reside no estado. Na sequência, aparecem Minas Gerais, com 10,41% dos eleitores (16.290.870), e Rio de Janeiro, com 8,2% (12.827.300).
O pleito de domingo conta com recorde também em relação ao crescimento de jovens votantes. Nas eleições deste ano, 2,1 milhões com 16 e 17 anos poderão votar. Em 2018, eram 1,4 milhão nessa faixa etária. O eleitorado acima de 70 anos também cresceu. O salto foi de quase 24%: de 12 milhões em 2018 para 14,8 milhões em 2022.
Confira agora um recorte com os principais grupos de eleitores, segundo números divulgados pelo TSE.
Voto feminino
Cerca de 82 milhões (82.373.164) de eleitoras estão aptas a votar. As mulheres representam 53% do total de brasileiros cadastrados. Os homens somam mais de 74 milhões (74.044.065), 47% do eleitorado nacional.
Desde 2002, o número de mulheres registradas como eleitoras supera o de homens; elas são maioria em todas as faixas etárias, inclusive entre 16 e 17 anos, quando o voto é facultativo.
Segundo o TSE, a maior parte das eleitoras brasileiras (5,33%) tem de 35 a 39 anos, seguida das mulheres com idade entre 40 e 44 anos (5,32%). A faixa de 25 a 29 anos soma 5,2%.
Apesar do voto no Brasil ser obrigatório entre 18 e 70 anos, um dado curioso é o de eleitoras com 100 anos ou mais: são 87,4 mil.
Eleitores no exterior
Neste ano, 697 mil (697.078) brasileiros com domicílio eleitoral no exterior estão aptos a votar exclusivamente para os cargos de presidente e vice-presidente da República. De acordo com o TSE, o número é 39,21% maior que o da última eleição, em 2018, quando ultrapassou 500 mil.
Os eleitores brasileiros poderão votar em 181 cidades estrangeiras.
Lisboa é a cidade com maior quantidade de brasileiros habilitados a votar, com 45,2 mil eleitores. Em seguida, aparecem Miami e Boston, ambas nos Estados Unidos, com 40,1 mil e 37,1 mil eleitores, respectivamente.
Também há número considerável em Nagoia, no Japão, com 35,6 mil brasileiros, e em Londres, na Inglaterra, com 34,4 mil. Com 33 votantes cadastrados, o Nepal é o país com o menor número de brasileiros aptos a votar.
Voto Facultativo
O número de eleitores de 16 e 17 anos e com mais de 70 anos de idade, que não são obrigados a votar, cresceu 51,3% e 23,8%, respectivamente, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre os jovens, hoje há 2.116.781 eleitoras e eleitores nessa faixa etária aptos a votar nas urnas eletrônicas. Em 2018 eram 1.400.617.
As pessoas com mais de 70 anos, que não são mais obrigadas a votar, somam para o pleito de 2022, 14.893.273. Nas últimas eleições eram 12.028.608.
Parte desse crescimento entre jovens e idosos pode ser atribuído às campanhas lançadas pelo TSE para convidar um e outro grupo etário a se alistar ou regularizar a sua situação cadastral até o dia 4 de maio, quando o Cadastro Eleitoral foi fechado para as Eleições 2022.
No Brasil, o voto é facultativo para jovens de 16 e 17 anos, idosos com mais de 70 anos e analfabetos.
Nome social
Também nesta eleição, 37.646 votantes terão o nome social no título de eleitor, segundo o TSE. A inclusão do nome pelo qual o eleitor prefere ser designado é um direito de transgêneros, transexuais e travestis desde 2018.
Esta é a terceira eleição na qual a Justiça Eleitoral garante que pessoas transgênero, transexuais e travestis tenham o nome (como preferem ser chamados) impresso no título de eleitor e no caderno de votação.
Em 2022, são 29.701 pessoas a mais do que nas eleições gerais de 2018, quando 7.945 eleitoras e eleitores solicitaram à Justiça Eleitoral a inclusão do nome social no cadastro. O número deste ano equivale a um aumento de 373,83% em relação a quatro anos atrás, quando a medida foi autorizada pelo TSE.
Escolaridade
A maioria do eleitorado brasileiro tem ensino médio completo. São 41.161.552 eleitoras e eleitores, o equivalente a 26,31% das pessoas aptas a votar nas Eleições 2022. Já as pessoas com ensino médio incompleto equivalem a 16,65% do eleitorado (26.049.309).
A análise da escolaridade dos votantes brasileiros aponta que 10,95% (17.127.128) declararam ter o ensino superior completo. Outros 5,38% (8.409.644) afirmaram que não terminaram a graduação.
Os eleitores com ensino fundamental incompleto somam 22,97% de todo o eleitorado (35.930.401), nos pleitos de 2014 e 2018, eles representavam a maior fatia do eleitorado.
Já os votantes com ensino fundamental completo somam 6,25% do total (10.197.034), os eleitores que sabem ler e escrever equivalem a 7,16% do total (11.206.893), enquanto os analfabetos somam 4,05% (6.339.894).