Lula faz comício em São Paulo, e Bolsonaro participa de cerimônia no RJ
Petista discursou para plateia de 70 mil apoiadores; presidente entregou espadim a cadete
Os dos primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo federal, Jair Bolsonaro (PL), cumpriram agendas em estados diferentes neste sábado (20.ago). O petista fez um comício no Vale do Anhangabaú, região central da capital paulista, e o integrante do PL esteve em Resende (RJ), onde foi ver de perto uma motociata e participou de uma cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).
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No comício, para uma plateia de 70 mil apoiadores, Lula exaltou mulheres e marcou seu ponto na discussão religiosa: "Igreja não tem que ter partido". "O estado não tem que ter religião. Todas as religiões têm que ser defendidas pelo estado, mas quero dizer que as igrejas não têm que ter partido político. As igrejas têm que cuidar da fé e da espiritualidade das pessoas, e não cuidar da candidatura de falsos profetas ou de fariseus que estão enganando o povo", declarou. Na última semana, o petista se referiu ao presidente Jair Bolsonaro como "fariseu".
As afirmações de Lula, no entanto, vieram mescladas a referências cristãs. Em parte do discurso, que levou quase 40 minutos, o candidato disse não recorrer a padres ou pastores para falar com Deus, e que em vez do movimento, opta por se trancar no próprio quarto para conversar.
Já Bolsonaro, no local da motociata, afirmou que vai respeitar o resultado das urnas, se não for eleito. "A gente está nessa empreitada buscando a reeleição, se esse for o entendimento, caso contrário, a gente respeita... mas, a nossa democracia, a nossa liberdade, acima de tudo", pontuou o chefe do Executivo federal. Depois, à cerimônia na Aman, Bolsonaro chegou acompanhado do comandante do Exército, general Marco Antonio Freire, e do comandante da academia, general João Felipe Dias Alves. Durante o evento, ficou ao lado da primeira-dama Michele.
No total, 395 cadetes da academia, entre eles, 33 mulheres, receberam uma réplica, em tamanho menor, da espada de Duque de Caxias, patrono do Exército Brasileiro. O presidente entregou o espadim ao primeiro aluno da turma. Em seguida, desceu do palanque e cumprimentou os militares e parentes.
Bolsonaro teve uma participação discreta e deixou o evento sem discursar. Também não houve nenhuma referência às eleições ou ao momento político do país durante a solenidade.
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