Janones: campanha de Lula tem de sair da USP e buscar povo nas ruas
Manifestação ocorre após vantagem do petista cair pela metade em MG
Roseann Kennedy
Recém-integrado à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal André Janones (Avante-MG) mandou um recado para o núcleo político do petista sair da bolha da esquerda e "buscar o povo nas ruas". Ele divulgou a mensagem em suas redes sociais nesta 6ª feira (12.ago), mesmo dia em que pesquisa Genial/Quaest apontou que a vantagem de Lula sobre Bolsonaro em Minas Gerais caiu à metade.
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"Pesquisa de hoje aqui em MG: diferença entre Lula e Bolsonaro cai de 18 pra 9, com apenas 2 dias de auxílio em R$ 600,00. Ou a esquerda senta no chão da fábrica pra conversar com os operários ou já era. Detalhe: o chão da fábrica atualmente, são as redes sociais, em especial o Face", ressaltou.
Pesquisa de hoje aqui em MG: diferença entre Lula e Bolsonaro cai de 18 pra 9, com apenas 2 dias de auxílio em R$600,00. Ou a esquerda senta no chão da fábrica pra conversar com os operários ou já era. Detalhe:o chão da fábrica atualmente, são as redes sociais, em especial o Face
? André Janones (@AndreJanonesAdv) August 12, 2022
A atuação de Lula nas redes sociais é bem menor que a do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao desistir da candidatura presidencial e se aliar ao petista, Janones se ofereceu para ajudar Lula a engajar mais seguidores. Mas, nas postagens, o mineiro deixou claro que o problema não está apenas no ambiente virtual.
"Ou a gente sai das fiesps da vida, da USP e do Twitter e tomemos os grupos de Whats, as comunidades, as feiras populares e o interior do país, ou já era. Chega de esperar que o povo venha até nós, é hora de irmos ao povo! Enquanto a esquerda não trocar 'renda mínima' por 'dinheiro pro povo', 'carta em defesa a democracia' ao invés de 'carta em defesa do povo', e 'nossas diretriz (sic) de programa' por 'nossas propostas para os brasileiros', o Bolsonarismo continuará nadando de braçadas", orientou.
No dia anterior, Janones já havia manifestado preocupação com o entusiasmo dos petistas com a leitura das cartas pela democracia, na USP e em outras universidades pelo país. "O povão, a massa, aqueles que DECIDEM as eleições, não entendem o linguajar da elite intelectual que leram a carta hoje. O pedreiro, a doméstica, o garçom, também querem escrever uma carta, porém não tem quem leia. E se ninguém ouvi-los, Bolsonaro será reeleito", advertiu.