Janones é oficializado candidato à Presidência da República pelo Avante
Redução da desigualdade social e retorno do auxílio permanente de R$ 600 estão entre as propostas de governo
Michel Medeiros
O Avante oficializou a candidatura do deputado federal André Janones à Presidência da República, neste sábado (23.jul), durante convenção da legenda, em Belo Horizonte (MG). No evento, também foi anunciado o apoio do partido à reeleição de Romeu Zema (Novo) ao governo de Minas Gerais.
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Aos 38 anos, o advogado é um dos nomes na disputa ao Palácio do Planalto. Em seu discurso, Janones afirmou que seu projeto diz respeito à redução da pobreza e da desigualdade social no Brasil. "Hoje, nós temos um projeto que contempla todas as áreas e todas com o mesmo objetivo: a diminuição da desigualdade no país. A diminuição da distância entre os mais ricos e os mais pobres", afirmou.
O presidenciável destacou a importância de uma ampla reforma tributária, com taxação das grandes fortunas e sem sacrificar ainda mais a classe média. Janones também defendeu a retomada do auxílio permanente de R$ 600, podendo ser ampliado.
No campo da educação, o candidato ressaltou a necessidade de um projeto de educação básica de qualidade, possibilitando que todos os brasileiros tenham a oportunidade de progredir, independente da classe social.
Em alusão à sua colocação nas pesquisas, André Janones assegurou que tem os pés no chão, mas que mantém a ousadia e a capacidade de sonhar. "Quem determina o tamanho do seu sonho é você e mais ninguém", disse. Janones, que está em seu primeiro mandato, aparece entre quarto e quinto colocado nas pesquisas que avaliam a intenção de votos, ao lado da senadora Simone Tebet (MDB-MS).
O presidenciável também relembrou a trajetória pessoal, como as dificuldades vividas enquanto filho de pais deficientes e com poucos recursos. Falou do trabalho gratuito como advogado e da atuação em defesa dos caminhoneiros na greve de 2018.
Como deputado federal, destacou sua luta contra a reforma da previdência e a defesa do auxílio emergencial para os mais necessitados no enfrentamento à pandemia de covid-19.
O candidato encerrou seu discurso ressaltando a importância de uma imprensa livre. Janones criticou os ataques dirigidos aos profissionais da comunicação e as declarações dos candidatos líderes nas pesquisas de que não participarão de debates para apresentar suas propostas.
Segundo o candidato, as eleições de outubro terão um caráter de plebiscito para definir se o país seguirá democrático ou apoiando o que chamou de "fascismo" e "golpe".
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