Após pressão do governo, União Europeia é desconvidada para eleições
Diante de reações contrárias, TSE justificou não ter condições de viabilizar a visita de observadores
A União Europeia não está mais entre as instituições internacionais que vão acompanhar as eleições como observadores, para conhecer o funcionamento da justiça eleitoral brasileira. A informação foi confirmada nesta 3ª feira (3.maio) pelo Tribunal Superior Eleitoral.
O declínio do convite ocorre após pressão do governo que estaria atuando, nos bastidores, para cancelar a vinda de observadores do bloco ao Brasil. O convite para enviar representantes da União Europeia foi feito pelo TSE em março deste ano. Em 13 de abril, por meio de nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores alegou "não ser da tradição do Brasil ser avaliado por organização internacional da qual não faz parte".
Nesta 3ª feira, após repercussão sobre o desconvite, o TSE justificou que em conversas preliminares com representantes da União Europeia constatou que não estavam presentes todas as condições necessárias para viabilizar uma missão integral de observação eleitoral, que inclui a visita de dezenas de técnicos e trata de diversos temas relacionados ao sistema de votação. A Corte eleitoral informou que nos próximos meses, se for verificada a necessidade e o interesse de ambos os lados, poderá haver uma participação mais reduzida e de caráter técnico de integrantes da União Europeia no período eleitoral.