Eleições
Messina promete foco em geração de empregos trazendo de volta grandes empresas
Postulante à Prefeitura do Rio pretende fazer reunião com executivos no dia seguinte à eleição
Bárbara Schneider
• Atualizado em
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Último candidato a ser sabatinado pelo SBT News, Paulo Messina (MDB) afirmou que tem como prioridade a criação de empregos no município do Rio de Janeiro e citou estratégias para conseguir melhorar a combalida economia. "Em 2008, o Rio tinha 600 empresas com mais de 1.000 funcionários. Fomos perdendo ao longo do tempo. Hoje, a cidade do Rio, a segunda economia do país, tem só 206 companhias de grande porte. Isso é uma vergonha! Prometo trabalhar, no dia seguinte à eleição, fazer uma reunião com essas empresas. O nosso projeto é trazê-las de volta para o Rio, criando condições, combatendo os motivos que as fizeram sair e dando incentivos", explicou o candidato, que também disse que irá incentivar o uso da mão de obra de trabalhadores que moram em comunidades.
"Governos anteriores preferiram comprar uniformes de escola e da Guarda [Municipal], merenda escolar, fazer acordos com cooperativa de reciclagem de poucas e grandes empresas. Por que? A Prefeitura tem capilaridade na cidade inteira, pode comprar do pequeno. Toda comunidade, todo bairro, toda vila tem uma costureira que fecha roupa de grife, que cobra R$100, e ela fecha por R$3. Por que essa senhora não pode vender para a escola local o uniforme? Por que não podemos ter uma cooperativa de reciclagem trabalhando para a Comlurb? Não se está gastando um dinheiro novo da Prefeitura, mas gastando na mão do nosso povo. Não existe nenhum programa de distribuição de renda mais eficiente do que se dar um emprego, porque o dinheiro circula", arrematou Messina.
O vereador, que também é professor e matemático, foi indagado por ter assumido a Secretaria de Casa Civil em 2018, defendido Crivella no primeiro processo de impeachment na Câmara e virado oposição em seguida; homem forte da gestão à época, Messina chegou a ser chamado de "primeiro-ministro" carioca quando titular da principal pasta do Executivo. O candidato explicou ao SBT News que um dos motivos dos laços desfeitos foi o desmonte da estrutura técnica do governo a partir da eleição de 2018. Segundo Messina, Crivella substituiu os quadros técnicos por indicações políticas, além de criar secretarias para atrair partidos, e outras escolhas que causaram desequilíbrio nas contas públicas.
"Não tem nada de pessoal. Fui chamado para uma missão, fiz a missão, quando o acordo mudou e Crivella mexeu na estrutura técnica, gastou dinheiro com coisas que eu não concordava, que eram suspeitas, eu peguei o meu boné e voltei para o meu mandato na Câmara [dos Vereadores do Rio]", comentou o vereador sobre a saída da base governista.
Sobre a administração da saúde carioca, Messina disse que não tem como cobrir todos os gastos com verba municipal, principalmente com contratação de profissionais. O matemático argumentou que a Prefeitura do Rio já estourou o limite de gasto de pessoal e que utilizar esse dinheiro pode prever crime de responsabilidade fiscal. Ele defende o uso das Organizações Sociais (OSs), mas faz ressalvas. "O negócio é feito para não funcionar. O modelo foi feito para dar dinheiro para os caras das Organizações Sociais. Nosso projeto é cortar a cabeça da serpente, é trazer o controle das OSs para a Prefeitura. Deixar os R$5 bilhões na mão da Prefeitura", planeja o candidato do MDB.
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