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Eleições

Cyro Garcia quer garantir municipalização de hospitais

"Vamos romper com todas as OSs", prometeu o candidato à Prefeitura do Rio

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Cyro Garcia, candidato do PSTU à Prefeitura do Rio, em entrevista ao SBT News. Foto: Reprodução
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Cyro Garcia (PSTU), sexto candidato a ser sabatinado na série de entrevistas do SBT News, defendeu a transição imediata das Organizações Sociais para as mãos do município na gestão de hospitais e a ruptura total com estas. Para Cyro, a administração da saúde pela iniciativa privada é um mecanismo de transferência de verba pública que facilita a corrupção. O candidato afirmou que irá angariar verba para bancar toda a municipalização através do aumento progressivo da cobrança de IPTU das classes média-alta e alta, da suspensão do pagamento da dívida pública da Prefeitura, do fim de incentivos fiscais para as grandes empresas e da cobrança de dívidas de bancos devedores.

Cyro, que foi entrevistado nesta quarta-feira pelos jornalistas Isabele Benito e Humberto Nascimento, também criticou o atual prefeito e candidato à reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos), afirmando que sua gestão "destruiu a saúde básica" do município, além de ter demitido cerca de 6 mil trabalhadores da saúde. Caso eleito, o candidato disse que irá recontratá-los.

Bancário aposentado e professor universitário, Cyro Garcia compõe chapa com a também professora Elisa Guimarães (PSTU). Educação e saúde são as principais bandeiras do governo proposto. Cyro propõe a estatização das grandes cadeias escolares particulares que estão com dificuldades financeiras por conta da pandemia de covid-19. "Nós entendemos que a educação tem que ser responsabilidade do Estado, assim como a saúde. Nós defendemos uma educação pública de qualidade, uma saúde de qualidade. Então, para nós, nem saúde nem educação deveriam ser mercadoria, como são no sistema capitalista", alega o professor.

Cyro, que foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), defendeu que há condições para uma revolução do proletariado e que, se for preciso, o povo pode, sim, pegar em armas. "A revolução pode vir a colocar a necessidade das armas?! Não se faz omelete sem quebrar ovos. Se a burguesia nos der flores na hora da expropriação das suas propriedades, nós vamos responder com flores. Não é isso o que acontece: os grandes empresários defendem com unhas e dentes suas propriedades. A burguesia não vai entregar de mão beijada", previu o candidato, que negou semelhanças com a extrema-direita, argumentando que a esquerda é agressiva porque combate as opressões causadas pelo capitalismo defendido pela direita. 

Questionado sobre ser o único nome conhecido do partido a constantemente participar de eleições e nunca se sagrar vitorioso, Cyro respondeu que representa um projeto de governo socialista, não apenas a ele mesmo. E que sua curta participação como deputado federal eleito (1992-1993, quando foi suplente de Jamil Haddad) deve-se à pouca isonomia das leis eleitorais. "Quando fui candidato a vereador, estive entre os 50 mais votados. Não assumi por conta de uma legislação altamente anti-democrática, baseada em quociente eleitoral", criticou o socialista. Ele também reclamou do pouco tempo de televisão. "Há um ditado que diz: cresça e apareça! Na política, é o contrário. Tem que aparecer para crescer. Estamos alijados do programa eleitoral gratuito, alijados de inserções e não participamos de debates. É a invisibilização", explicou.
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