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Eleições

Candidaturas do PT e do PSL disparam nas eleições de 2020

Principal partido da oposição quer lançar 59% mais candidatos a prefeito do que em 2016; sigla que elegeu presidente estima salto de 561% no número de postulantes

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Candidaturas do PT e do PSL disparam nas eleições de 2020
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por Ricardo Chapola e Leonardo Cavalcanti

Partidos que protagonizaram as eleições presidenciais de 2018 e donos das maiores bancadas na Câmara dos Deputados, o PT e o PSL voltam a testar a força de suas legendas na disputa pelas prefeituras em 2020, com um aumento significativo do número de candidatos. 

Para a eleição de 15 de novembro, o PT, principal partido da oposição, estima lançar 1.600 candidaturas a prefeito em todo o país -- 59% a mais em relação às eleições de 2016. Já o PSL, sigla que elegeu o presidente Jair Bolsonaro em 2018, prevê chegar às disputas municipais com 938 candidatos a prefeito, um número 561% acima do de 2016.

Esses números são estimativas fornecidas pelos partidos ao SBT News e podem sofrer variações até o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisar todos os registros de candidaturas. 

Dentro do PT, o aumento do número de candidaturas foi motivo de comemoração. Desde 2014, a sigla foi uma das mais afetadas pelas denúncias de corrupção reveladas pela Operação Lava Jato. As investigações atingiram em cheio políticos importantes do PT e chegaram a colocar na cadeia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior expoente da legenda. 

O envolvimento do partido na Lava Jato estimulou ainda mais o fenômeno do antipetismo entre o eleitorado brasileiro. Os efeitos da antipatia a essa legenda foram vistos nas urnas. Antes da Lava Jato, nas eleições de 2012, o PT conquistou 650 prefeituras do país, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas disputas de 2016, com a operação em andamento, o partido só conseguiu eleger 262 prefeitos, de acordo com o TSE -- uma queda de 60% em relação ao pleito anterior. 

Com a vitória de Bolsonaro e a consolidação do antipetismo no cenário político, o PT concentrou esforços para incentivar que os filiados disputassem as eleições, sob o argumento de que é preciso continuar defendendo o legado das gestões do partido. A legenda esteve à frente da Presidência da República por mais 14 anos seguidos (com Lula, de 2002 a 2010, e Dilma Rousseff, entre 2010 e 2016), além de ter controlado prefeituras importantes como a de São Paulo, entre 2012 e 2016. 

"Esse aumento de candidaturas é em razão do estímulo que fizemos. A eleição é um espaço importante para fazer o debate político com a sociedade. E também para falar do nosso legado, daquilo que fizemos em administrações que tivemos", afirmou a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, em entrevista ao SBT News. "E também para aproveitar e se defender, rebater todas as mentiras que fizeram contra o PT ao longo desses últimos anos". 

Apesar de integrantes da cúpula do PSL afirmarem que a sigla não é da base governista, eles admitem que o aumento do número de candidaturas veio na esteira da ascensão de Bolsonaro. Depois de uma série de desentendimentos com o partido, o presidente decidiu se desfiliar do PSL em novembro de 2019. 

De 2008 para cá, o número de candidaturas do PSL disparou. Segundo o TSE, de 2008 para as eleições de 2012, a legenda apresentou aumento de 20% no número de candidatos a prefeito e de 56% no número de postulantes ao cargo de vereador. Essa tendência se repetiu de 2012 para 2016: o partido lançou 25,8% mais candidatos a prefeito e 1,5% mais candidatos a vereador. 

O PSL também conseguiu dobrar o número de prefeituras conquistadas de 2008 para 2016. Nas eleições de 2008, o partido venceu a disputa em 15 cidades. Em 2016, a sigla passou a comandar 30 municípios. 

Leia a evolução do número de candidaturas do PT e do PSL entre 2008 e 2020.



 
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