Taxa de desemprego cai em 18 estados do Brasil no segundo trimestre de 2025, diz IBGE
Desocupação nesse período atingiu 5,8%, menor índice da série histórica, iniciada em 2012; número ficou estável em nove unidades da federação

SBT News
A taxa de desemprego (5,8%) no segundo trimestre de 2025 caiu em 18 estados do Brasil na comparação com os primeiros três meses do ano, mostram dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) Trimestral, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (15). Os demais nove estados registraram estabilidade.
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O índice trimestral de 5,8% também representou o menor da pesquisa desde o início da série histórica, em 2012. Maiores taxas foram registradas em Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%). Já Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%) e Mato Grosso (2,8%) responderam por menores porcentagens.
Desocupação entre homens e mulheres, por escolaridade e carteira assinada: veja outros dados
A taxa de desocupação ficou em 4,8% entre homens e 6,9% entre mulheres no segundo tri de 2025. Por cor ou raça, índice atingiu valor abaixo da média nacional para brancos (4,8%) e acima para pretos (7%) e pardos (6,4%).
No recorte por escolaridade, desemprego entre pessoas com ensino médio incompleto foi de 9,4%, superando todos os outros níveis de instrução analisados. Para quem tem nível superior incompleto, taxa chegou a 5,9%, quase dobro da registrada para quem possui superior completo (3,2%).
No segundo tri de 2025, a taxa composta de subutilização – percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada – registrou 14,4%.
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Nesse período, havia 1,3 milhão de pessoas no Brasil procurando trabalho durante dois anos ou mais. É o menor contingente da série para um segundo trimestre desde 2014 (1,2 milhão). Indicador desceu 23,6% em relação ao segundo tri de 2024.
Já o percentual de desalentados – pessoas que querem trabalhar, mas desistiram de procurar emprego – no segundo tri foi de 2,5%. Maranhão (9,3%), Piauí (7,1%) e Alagoas (6,9%) possuem maiores índices, enquanto Santa Catarina (0,3%) e Mato Grosso do Sul (0,8%), menores.
Carteira assinada de empregados no setor privado ficou em 74,2% no período analisado. Maiores percentuais estavam em Santa Catarina (87,4%), São Paulo (82,9%) e Rio Grande do Sul (81,2%), e menores, no Maranhão (53,1%), Piauí (54,5%) e Paraíba (54,6%).
O percentual de quem trabalha por conta própria atingiu 25,2%. Rondônia (35,3%), Maranhão (31,8%) e Amazonas (30,4%) lideram, enquanto Distrito Federal (18,6%), Tocantins (20,4%) e Mato Grosso do Sul (21,4%) reúnem menores índices.
Números de informalidade
A taxa de informalidade no Brasil representou 37,8% da população ocupada no segundo tri de 2025. Maiores taxas foram registradas no Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%). Já Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%) trazem menores índices.
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"Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são considerados os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, os empregadores sem registro no CNPJ, os trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e os trabalhadores familiares auxiliares", explicou o IBGE.
O rendimento real mensal habitual atingiu R$ 3.477 no período. Segundo o instituto, houve crescimento em duas comparações: frente ao trimestre anterior (R$ 3.440) e ao mesmo tri de 2024 (R$ 3.367).
"Na comparação trimestral, o Sudeste (R$ 3.914) foi a única região com alta estatisticamente significante do rendimento, enquanto nas demais houve estabilidade. Frente ao 2º trimestre de 2024, o rendimento cresceu no Sudeste e no Sul (R$ 3.880), com estabilidade nas demais regiões", detalhou.