Supermercados adotam medidas de segurança para evitar furto de café
Algumas redes chegaram a instalar lacres, grades e redes de proteção nas prateleiras onde ficam os produtos
Nathalia Fruet
O fio de nylon se transformou em rede de proteção nas unidades de uma rede de supermercado na capital paulista onde ficam os sacos de café. A medida foi adotada depois que o furto do produto cresceu mais de 20% no último mês. Outras redes adotaram lacres e até grades para dificultar o acesso ao grão.
A decisão de aumentar as medidas de segurança não é unânime. Alguns comerciantes acreditam que os lacres podem constranger os clientes. Por isso, preferem investir em reforçar as câmeras de monitoramento nos corredores onde ficam o produto.
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Reginaldo Firmino da Silva, gerente regional de uma rede de supermercados em São Paulo, diz que funcionários foram treinados para fazer a abordagem quando percebem alguma atitude suspeita. Segundo ele, por mês, são pelo menos 10 sacos do produto que somem da prateleira. Diante desse cenário, todos os dias os funcionários são orientados também a fazer a contagem do produto e checar com a quantidade de sacos que passaram pelo caixa.
O preço do café, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, teve alta de 77% no último ano. Dos produtos da cesta básica foi o que mais aumentou. O principal fator para a disparada no valor é a consequência das mudanças climáticas que afetaram a produção em países produtores, como é o caso do Vietnã. Especialistas dizem que não há previsão para a redução no preço nos próximos meses.
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