Produção de veículos caiu 1,9% em 2023; vendas tiveram alta de quase 10%
No total, foram comercializados 2,3 milhões veículos, um crescimento de 9,7% em comparação com 2022
A produção de veículos diminuiu 1,9% no ano passado, em comparação com 2022. Foram 2,32 milhões de unidades fabricadas, pouco menos que em 2022 (2,37 milhões). Nessa conta está a soma de automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus.
Na comparação entre dezembro de 2023 e dezembro de 2022, a queda foi de 10,4%. O país produziu 191,6 mil veículos.
Já a produção de veículos pesados caiu 37,9% no ano passado em relação a 2022. Segundo a Anfavea, a explicação está no custo mais elevado das novas tecnologias de controle de emissões, principalmente para os caminhões, mas a expectativa é de retomada das vendas nesse setor.
"De quanto será esse crescimento, nós temos algumas variáveis importantes: como vai se comportar o agronegócio e a redução da taxa de juros", afirma Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.
Apesar da queda na produção, houve alta nas vendas no ano passado. No total, foram comercializados 2,3 milhões veículos, um crescimento de 9,7% em comparação com 2022.
Já as vendas de veículos elétricos e híbridos tiveram aumento de 91% em 2023 em relação ao ano anterior. Foram 93 mil emplacamentos contra 49 mil em 2022.
A projeção para 2024, segundo a Anfavea, é que esse mercado cresça 51%, com expectativa de emplacar pelo menos 142 mil unidades, mesmo com a volta do imposto de importação.
Em relação às exportações, houve queda de 16% -- 403,9 mil unidades enviadas para outros países, contra 408,9 mil em 2022.
A notícia boa é que o México superou a Argentina pela primeira vez na história, representando 51% das exportações brasileiras (135.779 unidades em 2023). Em 2022 foram vendidas 89.710 unidades de veículos.
Por outro lado, as exportações para a Argentina caíram de 28% de representatividade em 2022 para 16% em 2023, caindo de 135.769 para 114.575, respectivamente) e devem piorar em 2024.
