O tempo de apenas vender acabou, é preciso ser comprado
Leia neste texto como criar um novo ambiente de negócios entorno do seu negócio principal
João Kepler
A nova iniciativa da rede de fast-food Chick-fil-A, com o lançamento de seu próprio aplicativo de vídeos no estilo Netflix, exemplifica como empresas estão indo além de seus produtos físicos e desenvolvendo ecossistemas digitais em torno de suas marcas.
Chamo isso de "camada de serviços", conceito que aprofundo no meu livro Inevitável e em meu novo lançamento, O Ponto Cego Empresarial.
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A empresa compreendeu que o jogo não se limita mais a vender sanduíches, fritas e milkshakes, mas consiste em criar experiências que transcendam o ponto de venda e mantenham os clientes engajados a qualquer momento, em qualquer lugar.
Esse movimento da Chick-fil-A evidencia uma plataforma de negócios emergente, em que o entretenimento digital se transforma no novo motor de crescimento.
Chamá-lo de "playground digital" é uma estratégia ousada, mas essencial no contexto da Nova Economia.
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Com isso, a marca não busca competir diretamente com gigantes do streaming, como a Netflix.
O objetivo real é manter os clientes conectados à marca durante seu tempo livre, criando uma ligação emocional que potencialmente impulsionará as vendas.
Afinal, quem consome vídeos, piadas, ideias de artesanato e histórias interativas no aplicativo inevitavelmente pensará em visitar a loja para comer.
Aqui temos um exemplo claro do "motor 2" de crescimento. Enquanto o "motor 1" ainda são os sanduíches, o "motor 2" é o ecossistema de conteúdo, que mantém a marca viva na mente do consumidor.
Empresas que desejam sobreviver precisam olhar além do produto físico. Quem ainda pensa apenas em vender algo está com um ponto cego.
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O mercado não está mais apenas nas lojas físicas, mas nas mentes e no tempo dos clientes. A fidelidade não dependerá mais apenas de preço ou qualidade, mas de quanto a marca se faz presente na vida cotidiana.
O exemplo da Chick-fil-A é prova clara disso: quem joga o jogo de ontem já está perdendo o de hoje – e, mais ainda, o de amanhã. Pense nisso!