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Economia

Minas Gerais descarta 450 toneladas de ovos férteis por risco de gripe aviária

Medida foi tomada após rastreamento de ovos vindos do Rio Grande do Sul; governador gaúcho decreta estado de emergência para conter o vírus

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Caso de gripe aviária no Sul leva a medidas sanitárias em Minas Gerais. | tawatchai07/Freepik
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O governo de Minas Gerais descartou, neste sábado (17), cerca de 450 toneladas de ovos férteis e materiais relacionados como medida preventiva contra a gripe aviária. A decisão foi tomada após uma reunião emergencial das autoridades estaduais, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

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A ação ocorreu após a confirmação, na quinta-feira (16), da presença do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade em uma granja comercial localizada na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A partir da notificação, técnicos mineiros iniciaram o rastreamento de ovos férteis oriundos desse local. Também neste sábado, o governador gaúcho, Eduardo Leite (PSD), declarou estado de emergência em saúde animal para combater focos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em rebanhos avícolas com risco sanitário nos municípios de Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Montenegro, Esteio, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Portão.

"O isolamento sanitário da área compreende a restrição de movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção ou o bloqueio de acesso", diz o decreto, que vale por 60 dias e pode ser prorrogado dependendo da evolução do quadro.

Ovos rastreados

O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou que lotes de ovos da granja contaminada foram enviados para o Paraná e incubadoras no próprio Rio Grande do Sul, além de Minas Gerais. A pasta ressalta que não há comprovação de que os ovos estivessem contaminados e que está tomando "todas as medidas necessárias para proteção da avicultura nacional".

Os produtos foram descartados no Centro-Oeste de Minas, em uma operação que faz parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) – acordo firmado em 2022 entre a União, os estados e o setor produtivo, desde que surgiram os primeiros casos da doença na América do Sul.

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Apesar da gravidade da doença para o setor avícola – a gripe aviária costuma levar as aves à morte –, o governo ressalta que não há risco para a saúde da população, já que a doença não é transmitida por meio do consumo de carne ou ovos.

Ovos férteis são aqueles utilizados para a produção de novas aves, não para o consumo humano. A operação de rastreamento ainda está em andamento e novos descartes podem ser realizados nos próximos dias, caso sejam identificadas outras cargas vindas da granja contaminada.

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Em nota, o governo de Minas informou que vem atuando com políticas contínuas de prevenção, rastreamento e controle sanitário, além de manter colaboração direta com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Minas Gerais é atualmente o segundo maior produtor de ovos do país e o quinto maior na produção de galináceos, o que reforça a importância das medidas adotadas para proteger a cadeia produtiva local.

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