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Brasil

Foco de gripe aviária em granja no Brasil marca nova etapa do vírus, diz FAO

Organização da ONU para Alimentação e Agricultura destaca preocupação com o potencial de transmissão do vírus de aves para seres humanos

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Vírus H5N1 foi identificado em uma granja comercial do RS | Reprodução Agência Brasil
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A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) informou que acompanha com atenção a confirmação, por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária, do primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) no Brasil. Foco do vírus é em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

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De acordo com a FAO, além de representar uma ameaça à saúde animal, o vírus gera preocupação crescente em razão do potencial de transmissão de aves vivas para seres humanos. Além disso, existem impactos em sistemas alimentares, na biodiversidade e na saúde pública da região.

“O caso marca uma nova etapa na presença do vírus que, até então, se limitava a aves silvestres e de criação caseira”, disse a organização em nota.

O representante do órgão no Brasil, Jorge Meza, reforçou, no mesmo comunicado, que o consumo de frango e ovos ainda é seguro, especialmente quando bem cozidos, e que o risco de infecção humana segue baixo.

Desde 2022, mais de 4,7 mil surtos de gripe aviária altamente patogênica foram notificados na América Latina e no Caribe, afetando desde aves de criação e aves migratórias a mamíferos marinhos e até animais de estimação. Países como Argentina, Colômbia, México, Panamá, Peru e Porto Rico também anunciaram focos de IAAP.

“A propagação do vírus segue as rotas naturais das aves migratórias, conectando ecossistemas do Canadá até a Terra do Fogo", informa a nota.

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A FAO alerta para a necessidade de fortalecer os sistemas de vigilância e segurança sanitária nos países, especialmente para pequenos e médios produtores, com a finalidade de controlar a gripe aviária. “É fundamental um trabalho coordenado entre todos os países da região para conter a propagação do surto ao longo do continente", ressalta o órgão.

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