Mais de 30% dos bares e restaurantes do país operaram no vermelho em março
Outros 31% registraram lucro, enquanto 38% ficaram estáveis. Apesar do resultado, 25% dos estabelecimentos pretendem fazer contratações
Marcelo Bittencourt
Um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes mostra que 31% dos estabelecimentos operaram no vermelho durante o mês de março. Outros 31% registraram lucro, enquanto 38% ficaram com as contas estáveis.
"Nós conseguimos deixar com um custo bem enxuto. É um momento bem complicado, bem complexo", observa Marco Benini, que é sócio de um restaurante da capital paulista.
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Apesar do resultado, a expectativa do setor ainda é boa. De acordo com a pesquisa, 25% dos estabelecimentos pretendem fazer novas contratações ainda este ano. Já 16% afirmam que pode fazer demissões. Por outro lado, em 51%, a expectativa é de manter o mesmo número de funcionários.
Sócio de um bar na zona oeste de São Paulo, Daniel da Silva reconhece o momento delicado, mas afirma que não pretende abrir mão da qualidade do serviço e nem dos planos de expansão, e aposta nas próximas datas comemorativas para levantar o caixa. "Preciso fazer aqui umas três contratações de atendente e contratação de serviço geral, cozinha, estou precisando", ele indica.
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Os principais motivos apontados, entre os que tiveram prejuízo, foram a redução do número de clientes (66%) e o custo de alimentos e bebidas (42%). Porém, neste último caso, mesmo com a alta no valor dos produtos, subir os preços no cardápio não tem sido uma opção - isso para não afastar ainda mais os clientes. A solução pode ser simples e bem conhecida: as promoções.
Para Leonardo Marigo, sócio de um restaurante grego na capital paulista, as promoções que começaram na pandemia, hoje, já fazem parte do cotidiano. "Mesmo com o caixa meio baixo, a gente buscou esse retorno em marketing, fazendo mídia em elevadores, mídia com jornais, revistas, assessoria de imprensa, relações públicas", ele conta.