Intenção de consumo das famílias sofre queda, mas registra melhor fevereiro desde 2015
Índice caiu 0,5% no mês devido ao menor acesso ao crédito e à prioridade dos brasileiros de quitar dívidas
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Camila Stucaluc
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou queda de 0,5% em fevereiro, em comparação ao mês anterior, totalizando 105,7 pontos. O número, apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta uma recuperação do índice, sendo o melhor resultado para o período desde 2015.
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A queda na ICF ocorreu devido ao menor acesso ao crédito em relação a fevereiro de 2023 e à taxa mensal negativa. Tais resultados contribuem para a percepção de que o efeito positivo da redução dos juros vem se esgotando no aquecimento do consumo. Outro ponto é a prioridade das famílias, que estão optando por quitar dívidas.
“A atenção das famílias brasileiras com o planejamento financeiro vem mostrando resultado no mercado de crédito e, apesar de enfraquecer o consumo, a intenção de compra permanece melhor do que em anos anteriores”, explica o economista Felipe Tavares.
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Ele reforça que a cautela com a inadimplência é puxada, sobretudo, pelas famílias das classes média e baixa (que recebem até 10 salários mínimos), que são mais vulneráveis à evolução dos juros. As famílias mais ricas, por sua vez, continuam utilizando o crédito para fazer compras, enxergando o futuro com mais condições de consumo.