Ibovespa bate recorde e fecha acima de 161 mil pontos com foco na Selic
Alta foi impulsionada por expectativa de corte nos juros, dados da indústria e otimismo global antes da reunião do Fed

Antonio Souza
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), alcançou uma nova marca histórica nesta terça-feira (2) ao fechar o pregão em 161.092 pontos, alta de 1,56%, após ultrapassar os 160 mil pontos ainda pela manhã.
O principal índice da B3 oscilou ao longo do dia, alternando momentos de forte valorização com períodos de acomodação, mas encerrou renovando seu recorde.
O movimento ocorreu após a divulgação dos dados de Produção Industrial pelo IBGE. Em outubro, o setor registrou crescimento de 0,1% em relação a setembro, quando havia recuado 0,4%, e queda de 0,5% na comparação com outubro de 2024.
As expectativas do mercado, segundo pesquisa da Reuters, apontavam para avanços maiores: 0,4% no mês e 0,2% na base anual.
O resultado abaixo do esperado reforça sinais de desaceleração econômica, consequência do prolongado período com a Selic em patamar elevado.
O cenário aumenta as apostas de que o Banco Central possa antecipar um corte nos juros já na reunião de janeiro.
Apesar da atividade morna, empresas cíclicas, mais sensíveis ao ritmo da economia, ficaram entre as maiores altas do dia.
Segundo o economista-chefe da Forum Investimentos, Bruno Perri: “O fechamento da curva de juros em todos os vencimentos e o reforço das apostas de corte da Selic em janeiro favorecem esses papéis.”
Cenário externo
No exterior, o clima também foi de otimismo. Os mercados operaram em alta à espera da próxima reunião do Federal Reserve (Fed), marcada para a semana que vem.
Investidores consolidam a expectativa de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos Estados Unidos, movimento que tende a beneficiar ativos de países emergentes como o Brasil.
Ibovespa hoje
- Máxima histórica: 161.092,25 pontos
- Mínima do dia: 158.611,50 pontos
- Volume negociado: R$ 24,5 bilhões
Dólar
O dólar comercial caiu 0,57%, fechando a R$ 5,33. A desvalorização refletiu a melhora simultânea no humor econômico no Brasil e nos Estados Unidos, movimento oposto ao observado no pregão anterior.









