IBGE reduz estimativa de produção de café no Brasil e prevê queda anual
Minas Gerais, maior produtor de café arábica do país, é um dos principais responsáveis por essas estimativas

com informações da Reuters
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reduziu a estimativa de 2025 da produção de safra de café do Brasil nesta quinta-feira (11). A colheita está praticamente encerrada esse ano, e tem como resultado uma nova queda no comparativo anual.
Mais cedo neste mês, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também reduziu sua projeção de safra de café no país, mas manteve um crescimento na comparação com 2024. + Preço do café cai pelo segundo mês consecutivo em agosto, aponta IBGE
Pelo IBGE, a produção brasileira das duas espécies de café, a arábica e a canéfora (robusta e conilon), foi estimada em 56,8 milhões de sacas de 60 kg, uma diminuição de 1,4% em relação ao mês anterior, em decorrência do declínio do rendimento médio nesse mesmo percentual.
Isso representa uma queda na produção de 0,6% em relação a 2024, conforme o IBGE. Já a Conab estimou produção total de 55,2 milhões de sacas, aumento de 1,8%em relação ao ano passado.
O IBGE projetou a safra de café arábica em 37 milhões de sacas, declínio de 1,6% em relação ao mês anterior, tendo o rendimento médio reduzido em 1,7% e a área a ser colhida crescido 0,1%. O IBGE disse que a queda acontece com a bienalidade negativa da espécie e também problemas climáticos. + Vendas no varejo brasileiro caem pelo 4º mês seguido em julho, aponta IBGE
O declínio da estimativa da produção em agosto se deve a Minas Gerais, maior produtor brasileiro do café arábica com participação de 69,4% do total nacional, que reavaliou sua estimativa, segundo o instituto.
Para o café canéfora, a estimativa foi reduzida em 1,1% para 19,8 milhões de sacas, ainda assim um volume recorde.
As lavouras desta espécie registraram um salto na produção de 15,8% em relação ao volume produzido em 2024, segundo o IBGE, com impulso de 4% na área e de 11,4% no rendimento médio nesse último comparativo.