Haddad comenta mudança de perspectiva econômica do Brasil feita por agência de risco
Segundo a Moody’s, país foi de “estável” para “positivo” como consequência da implementação de reformas estruturais
Samir Mello
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, utilizou as suas redes sociais para comentar sobre a mudança da perspectiva econômica do Brasil feita pela agência de classificação de riscos Moody’s. De acordo com o instituto, o país foi de “estável” para “positivo”, uma consequência da implementação de reformas estruturais em vários governos, bem como pela presença de barreiras institucionais que reduzem a incerteza sobre a direção futura das políticas públicas.
+Moody’s muda para "positiva" perspectiva do Brasil, mas mantém rating em "Ba2"
“A Moody’s acompanhou as outras agências de risco ao reconhecer a mudança para melhor das nossas perspectivas econômicas. Isso tem a ver com o trabalho conjunto dos três poderes, que colocaram os interesses do país acima de divergências superáveis. Mesmo com a deterioração momentânea da economia global, o Brasil caminha e recupera credibilidade econômica, social e ambiental. Temos muito a fazer!”, escreveu Haddad na rede social X (antigo Twitter).
Apesar da melhoria na classificação, o Brasil manteve a nota de crédito no nível “Ba2”, categoria especulativa, duas posições abaixo do “grau de investimento”, que começa em “Baa3”. No entanto, a Moody’s afirmou em comunicado que o país está próximo de obter o selo de bom pagador novamente.
Desde 2016 o Brasil segue com rating de "grau especulativo". Em 2018, agência elevou a perspectiva do Brasil de "negativa" para "estável".
“A mudança de perspectiva para positiva tem como base a avaliação da Moody’s de que um crescimento mais forte combinado com um progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, pode permitir que o peso da dívida do Brasil se estabilize”.
O Tesouro Nacional emitiu uma nota sobre a mudança de perspectiva da nota de crédito. "(A mudança) reforça a melhoria na trajetória da nota de crédito verificada desde 2023, com a elevação do rating tanto pela S&P quanto pela Fitch. Ocorrendo a efetivação da mudança da nota de crédito, o Brasil estará a um degrau de voltar a possuir grau de investimento, um marco significativo para os indicadores de estabilidade econômica do país", diz o comunicado.