Fraude no INSS: governo apura uso de criptomoedas por entidades investigadas
Ministro da AGU, Jorge Messias, revelou que entidades podem ter recorrido a moedas digitais para esconder rastro do dinheiro desviado de beneficiários

Rafael Porfírio
O governo federal apura se entidades e associações envolvidas na fraude contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) utilizaram criptomoedas para esconder o desvio de recursos públicos.
A suspeita foi revelada nesta terça-feira (20) pelo ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, em entrevista ao programa "Bom Dia, Ministro", da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo ele, a AGU já solicitou à Justiça o bloqueio de bens das entidades investigadas e pediu que seja feito o rastreamento dos valores desviados.
O objetivo do rastreamento é identificar se houve uso de ativos digitais no esquema fraudulento, dificultando a localização do dinheiro público desviado. Messias destacou que o governo tenta descobrir também outros caminhos usados para esconder o dinheiro.
"Nessa operação, diversas obras de arte foram apreendidas, joias, ouro, carros de luxo... Tudo isso precisa ser convertido em dinheiro e, a partir disso, seja devolvido aos cofres públicos, que irão ressarcir os aposentados e pensionistas", afirmou.
O ministro da AGU também destacou o avanço nas medidas de bloqueio.
Além das entidades, servidores públicos envolvidos na fraude também serão responsabilizados. A atuação ilegal envolvia descontos associativos aplicados indevidamente sobre os benefícios de aposentados e pensionistas.
"Nós não queremos servidores públicos conosco que não têm compromisso ético, que não têm compromisso com a integridade e com o zelo do patrimônio público e das pessoas."









