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Economia

Fraude no INSS: governo apura uso de criptomoedas por entidades investigadas

Ministro da AGU, Jorge Messias, revelou que entidades podem ter recorrido a moedas digitais para esconder rastro do dinheiro desviado de beneficiários

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Jorge Messias diz que governo investiga se entidades usaram criptomoedas para ocultar desvio de dinheiro do INSS | Divulgação/Valter Campanato/Agência Brasil
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O governo federal apura se entidades e associações envolvidas na fraude contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) utilizaram criptomoedas para esconder o desvio de recursos públicos.

A suspeita foi revelada nesta terça-feira (20) pelo ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, em entrevista ao programa "Bom Dia, Ministro", da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo ele, a AGU já solicitou à Justiça o bloqueio de bens das entidades investigadas e pediu que seja feito o rastreamento dos valores desviados.

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"No pedido de bloqueio que nós fizemos na semana retrasada, nós solicitamos ao juízo que seja feito um rastreio a partir de corretoras de criptomoedas para entender por onde esse recurso passou caso tenha sido utilizado", destacou o ministro.

O objetivo do rastreamento é identificar se houve uso de ativos digitais no esquema fraudulento, dificultando a localização do dinheiro público desviado. Messias destacou que o governo tenta descobrir também outros caminhos usados para esconder o dinheiro.

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"Nessa operação, diversas obras de arte foram apreendidas, joias, ouro, carros de luxo... Tudo isso precisa ser convertido em dinheiro e, a partir disso, seja devolvido aos cofres públicos, que irão ressarcir os aposentados e pensionistas", afirmou.

O ministro da AGU também destacou o avanço nas medidas de bloqueio.

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"Já há uma primeira avaliação de bloqueio de R$ 1 bilhão e nós estamos agora perseguindo a diferença para que nenhum centavo seja de fato pago pelo contribuinte brasileiro", reforçou.

Além das entidades, servidores públicos envolvidos na fraude também serão responsabilizados. A atuação ilegal envolvia descontos associativos aplicados indevidamente sobre os benefícios de aposentados e pensionistas.

"Nós não queremos servidores públicos conosco que não têm compromisso ético, que não têm compromisso com a integridade e com o zelo do patrimônio público e das pessoas."
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