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Saúde

Calor e poluição podem afetar fertilidade de homens e mulheres; entenda

Estudos recentes apontam que fatores ambientais podem alterar a qualidade do sêmen e atrapalhar os ciclos menstruais

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Ondas de calor, cada vez mais comuns, elevam a temperatura escrotal e podem comprometer a produção de espermatozoides por semanas - Foto: Agência Brasil
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Calor extremo, poluição atmosférica e contato com substâncias químicas do dia a dia estão se tornando vilões silenciosos da fertilidade humana. Estudos recentes apontam que esses fatores ambientais podem afetar tanto homens quanto mulheres, desde alterações na qualidade do sêmen até irregularidades nos ciclos menstruais.

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Segundo pesquisas recentes, a poluição do ar, especialmente partículas finas (PM2.5), dióxido de nitrogênio (NO₂) e ozônio, podem levar a alterações no sêmen, como queda na concentração, motilidade dos espermatozoides e até fragmentação do DNA.

As ondas de calor, cada vez mais comuns, elevam a temperatura escrotal e podem comprometer a produção de espermatozoides por semanas. Já substâncias conhecidas como disruptores endócrinos, presentes em plásticos, embalagens e cosméticos, estão associadas a ciclos menstruais irregulares, alterações hormonais, menor reserva ovariana e até menopausa precoce.

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Segundo especialistas, regiões com altos índices de poluição e maior efeito de ilhas de calor urbanas tendem a registrar esses impactos de forma mais precoce e intensa. Globalmente, há um declínio consistente na contagem de espermatozoides nas últimas décadas.

Papel das políticas públicas

Especialistas defendem medidas coletivas, como o controle da poluição, investimentos em transporte sustentável, criação de áreas verdes nas cidades e maior fiscalização do uso de substâncias químicas nocivas. Para eles, é papel dos governos propor políticas ambientais baseadas em evidências, integrando a saúde reprodutiva às agendas ambientais e de saúde pública.

A fertilidade é considerada um indicador da saúde ambiental. As mesmas iniciativas que melhoram a qualidade do ar e reduzem riscos cardiovasculares também favorecem a concepção e aumentam as chances de sucesso em tratamentos de reprodução assistida.

Mas afinal, como reduzir esses riscos?

Para médicos, alguns cuidados práticos podem reduzir o impacto do são eles:

  • Evitar exercícios intensos ao ar livre em dias de má qualidade do ar.
  • Reduzir a exposição a altas temperaturas, especialmente em saunas ou calor direto na região genital.
  • Optar por recipientes de vidro ou inox em vez de plástico para alimentos quentes.
  • Dar preferência a cosméticos sem ftalatos ou parabenos.
  • Procurar avaliação médica se a gravidez não acontecer após 6 a 12 meses de tentativas.

* Dr. Dani Ejzenberg é ginecologista e especialista em reprodução Assistida na ENNE Clinic - CRM 100673

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