Peste negra: americano testa positivo para doença após picada de pulga
Também chamada de peste bubônica, doença causou a morte de pelo menos 75 milhões de pessoas na Europa durante a Idade Média

Emanuelle Menezes
Um morador de South Lake Tahoe, na Califórnia, Estados Unidos, testou positivo para peste negra, segundo informou o Departamento de Saúde Pública da Califórnia (CDPH) nesta quinta-feira (21). As autoridades acreditam que a infecção tenha ocorrido após a picada de uma pulga infectada em um acampamento na região. O homem está sob cuidados médicos e se recupera em casa.
"A peste está naturalmente presente em muitas partes da Califórnia, incluindo áreas mais elevadas do Condado de El Dorado. É importante que as pessoas tomem precauções para si mesmas e seus animais de estimação ao ar livre", disse Kyle Fliflet, diretor interino de Saúde Pública do condado onde fica a cidade de South Lake Tahoe.
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A doença, também chamada de peste bubônica, é causada pela bactéria Yersinia pestis e transmitida geralmente por pulgas infectadas que vivem em esquilos, tâmias e outros roedores selvagens. Cães e gatos também podem transportar pulgas para dentro de casa, aumentando o risco de contaminação.
Os sintomas da peste incluem febre, náusea, fraqueza e inchaço dos gânglios linfáticos, que costumam surgir até duas semanas após a exposição. O tratamento é possível com antibióticos, desde que o diagnóstico seja feito precocemente.
🔎 A peste negra recebeu esse nome por causar a gangrena de partes do corpo. A doença é conhecida por ter matado pelo menos 75 milhões de pessoas na Europa durante a Idade Média. Nos últimos anos, houve registros de casos na República Democrática do Congo, Madagascar e Mongólia. No Brasil, o último registro de casos humanos de peste bubônica é de 2005, ocorrido no município de Pedra Branca, no Ceará.
O Departamento de Saúde Pública da Califórnia monitora a população de roedores e a exposição deles à bactéria. De 2021 a 2024, foram encontrados 41 animais que testaram positivo na região. Em 2025, já são quatro registros. Casos humanos, embora raros, podem ser graves. O último registro em El Dorado ocorreu em 2020, também em South Lake Tahoe. Antes disso, duas pessoas foram diagnosticadas em 2015 após visita ao Parque Nacional de Yosemite, ambas recuperadas.