Economia

Dólar volta a subir após Flávio Bolsonaro garantir candidatura presidencial

Moeda norte-americana teve desaceleração após avanço de projeto que pode reduzir pena de Jair Bolsonaro, mas encerrou o dia com alta de 0,35%

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Dólar volta a subir após Flávio Bolsonaro garantir candidatura presidencial | REUTERS/Luisa Gonzalez

O dólar voltou a subir no Brasil nesta terça-feira (9) após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmar que sua candidatura à Presidência da República é “irreversível”.

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A moeda, no entanto, desacelerou os ganhos durante a tarde, com as atenções voltadas às discussões no Congresso sobre o projeto que trata das penas para condenados por tentativa de golpe.

O dólar à vista encerrou o dia com alta de 0,35%, cotado a R$ 5,4411. Apesar da alta, a divisa acumula queda de 11,94% no ano.

Pela manhã, Flávio Bolsonaro reafirmou sua candidatura ao Planalto e agradeceu o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A declaração foi dada após visita ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre pena por tentativa de golpe de Estado na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Logo após o pronunciamento, o dólar à vista chegou ao pico de R$ 5,4965, uma alta de 1,37%, refletindo a avaliação de que Flávio seria menos competitivo do que Tarcísio — considerado o preferido pelo mercado — em uma eventual disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A moeda norte-americana perdeu força no início da tarde, após o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciar que o projeto sobre dosimetria das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro seria votado na Casa. A proposta pode, em tese, reduzir a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo analistas, a aprovação do projeto pode aumentar as chances de Flávio desistir da candidatura, o que recolocaria Tarcísio na corrida presidencial e acalmaria o mercado.

Às 13h31, o dólar atingiu a mínima do dia, cotado a R$ 5,4215, com leve queda de 0,01%, mas voltou a subir no fim do pregão, embora sem retomar os níveis mais altos registrados pela manhã.

Os investidores também acompanharam a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, cuja decisão será divulgada na quarta-feira. A expectativa majoritária é de manutenção da taxa Selic em 15%, com foco nas possíveis sinalizações para a reunião de janeiro.

No cenário internacional, o mercado operava em compasso de espera pela decisão do Federal Reserve sobre os juros nos Estados Unidos. Às 17h05, o índice do dólar — que compara a moeda norte-americana a uma cesta de seis divisas — subia 0,14%, aos 99,211 pontos.

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