Dólar fecha em alta de 1,9% com incerteza fiscal no Brasil e impacto internacional
Moeda americana terminou esta quinta-feira (18) cotada a R$ 5,58
O dólar fechou com alta de 1,9% nesta quinta-feira (18), cotado a R$ 5,58, ainda em meio à preocupação fiscal provocada pelas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana e ao impacto do cenário internacional.
O chefe do Executivo afirmou, na noite de terça (16), que “não é obrigado a estabelecer uma meta [de déficit zero] e cumpri-la se tiver coisas mais importantes para fazer”. + Lula defende regulação das redes sociais e diz que big techs ganham dinheiro com mentiras
“Seriedade fiscal eu tenho mais do que quem dá palpite nessa questão fiscal no Brasil. [...] O país não tem nenhum problema se é déficit zero, se é déficit 0,1%, se é déficit 0,2%. Não tem nenhum problema para o país. O que é importante é que esse país esteja crescendo, que a economia esteja crescendo, que o emprego esteja crescendo, que o salário esteja crescendo”, acrescentou ele, em entrevista à Record TV.
Já nesta quinta, apesar de garantir que há compromisso do governo em manter a meta fiscal, a ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, admitiu que alcançar o déficit zero “é uma ginástica um pouco difícil”.
Já a influência internacional para a flutuação do dólar vem da decisão política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que manteve a taxa de juros em 3,75%, após um corte de 25 pontos-base na última reunião.
As autoridades da instituição afirmaram que vão fazer o possível para cumprir a meta de retorno da inflação na zona do euro a 2% e que os juros vão seguir restritivos pelo tempo que for necessário.
Novos dados de auxílio-desemprego nos Estados Unidos também impactaram na valorização da moeda americana. O Departamento de Trabalho relatou que o benefício teve uma alta de 20 mil solicitações em relação à semana anterior.