Desemprego cai a 7,5% em novembro e população ocupada bate novo recorde
Taxa de ocupação cresceu 0,9% no trimestre, com 853 mil pessoas a mais no mercado de trabalho
Felipe Moraes
A taxa de desemprego caiu a 7,5% no Brasil no trimestre encerrado em novembro, enquanto a população ocupada bateu novo recorde, com 100,5 milhões de pessoas.
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Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (29.dez) na nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Taxa de desemprego
A taxa de 7,5% trouxe queda de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre de junho a agosto (7,8%). No mesmo trimestre de 2022, era de 8,1%. Foi o menor índice de desocupação desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando a taxa também foi de 7,5%.
A população desocupada, de 8,2 milhões, permaneceu estável no trimestre e apresentou recuo de 6,2% (menos 539 mil pessoas) no ano. Trata-se do menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015 (8,15 milhões).
Mais um recorde da população ocupada
Já a população ocupada, de 100,5 milhões, bateu novo recorde da série histórica, crescendo 0,9% no trimestre (mais 853 mil pessoas) e 0,8% (mais 815 mil pessoas) no ano.
Na medição anterior, em outubro, o Brasil havia ultrapassado a marca de 100 milhões de trabalhadores ocupados pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2012 pelo IBGE.
Assim, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) alcançou 57,4%, variando 0,4 ponto percentual na comparação trimestral (57%) e ficando estável em 2023.
Em relação à força de trabalho (soma de pessoas ocupadas e desocupadas), o número foi estimado em 108,7 milhões no trimestre móvel de setembro a novembro: crescimento de 0,6% (mais 645 mil pessoas) frente ao trimestre de junho a agosto e estabilidade em 2023.
Já a população fora da força de trabalho (66,5 milhões) ficou estável na comparação com o trimestre anterior e cresceu 1,9% (mais 1,2 milhão) no balanço anual.
A taxa composta de subutilização (17,4%) variou 0,3 ponto percentual no trimestre (17,6%) e recuou 1,6 p.p. em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2022 (18,9%). Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em junho de 2015 (17,3%). A população subutilizada (20 milhões de pessoas) não variou no trimestre e mostrou queda de 9% no ano.
Empregados com e sem carteira de trabalho
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado, sem contar trabalhadores domésticos, alcançou 37,7 milhões, representando alta de 1,4% (mais 515 mil) no trimestre e de 2,5% (mais 935 mil) no ano. Foi o segundo maior contingente desde o início da série histórica, atrás apenas de junho de 2014 (37,8 milhões).
Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) foi o maior da série, mas ficou estável no trimestre e em 2023.
Trabalhadores por conta própria, empregadores e setor público
O número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões) permaneceu estável em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período do ano passado, bem como a quantidade de trabalhadores domésticos (5,9 milhões).
As categorias de empregadores (4,2 milhões) e de empregados no setor público (12,2 milhões) também ficaram estáveis nessas mesmas comparações.
Informalidade
A taxa de informalidade ficou em 39,2% da população ocupada, chegando a 39,4 milhões de trabalhadores. No trimestre anterior, foi de 39,1%. Já no mesmo trimestre de 2022, de 38,9%.
Rendimento e setores da economia
O rendimento real habitual, de R$ 3.034, cresceu 2,3% no trimestre e 3,8% em 2023.
A massa de rendimento real habitual (R$ 300,2 bilhões) atingiu novo recorde, com crescimento de 3,2% frente ao trimestre anterior e de 4,8% na comparação anual.
Veja as taxas por grupamentos de atividades:
Em relação ao trimestre móvel anterior:
- Indústria geral (2,9%, ou mais 369 mil pessoas)
- Construção (2,8%, ou mais 199 mil pessoas)
Os outros grupamentos não tiveram variação significativa.
Em relação ao trimestre de setembro a novembro de 2022:
Alta
- Transporte, armazenagem e correio (4,3%, ou mais 228 mil pessoas)
- Alojamento e alimentação (4%, ou mais 207 mil pessoas)
- Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (4%, ou mais 486 mil pessoas)
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,3%, ou mais 403 mil pessoas)
Queda
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-4,3%, ou menos 365 mil pessoas)