Custo da cesta básica cai em 15 de 17 capitais em maio, mostra Dieese
Queda foi influenciada pela redução no valor de produtos como tomate, óleo de soja e arroz; São Paulo apresentou o maior custo da cesta básica no país

SBT News
O custo da cesta básica diminuiu em 15 capitais brasileiras e aumentou em apenas duas, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em 17 cidades do país.
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A queda se deve à redução no preço médio de seis dos 13 produtos que compõem a cesta: tomate (-14,32%), óleo de soja (-4,07%), arroz agulhinha (-3,24%), carne bovina de primeira (-0,82%), açúcar refinado (-0,40%) e pão francês (-0,05%). O valor do leite integral manteve-se estável. Já os demais itens apresentaram alta: café em pó (8,49%), batata (6,26%), manteiga (0,82%), banana (0,72%), farinha de trigo (0,16%) e feijão carioca (0,14%).
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Entre abril e maio de 2025, as maiores reduções no custo da cesta foram registradas em Recife (-2,56%), Belo Horizonte (-2,50%) e Fortaleza (-2,42%). As duas únicas altas ocorreram em Florianópolis (0,09%) e Belém (0,02%).
São Paulo apresentou o maior custo da cesta básica no país, com valor de R$ 896,15. Na sequência, estão Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre (R$ 819,05). No Norte e no Nordeste, onde a composição da cesta é diferenciada, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 579,54), Salvador (R$ 628,97), Recife (R$ 636,00) e João Pessoa (R$ 636,73).
Na comparação entre maio de 2024 e maio de 2025, quase todas as capitais apresentaram alta nos preços da cesta básica, com variações entre 0,77%, em Natal, e 8,43%, em Vitória. Aracaju foi a única capital onde não houve variação no valor médio.
Salário mínimo
Com base na cesta mais cara, registrada em São Paulo, o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.528,56, o equivalente a 4,96 vezes o mínimo vigente de R$ 1.518,00. Em abril, esse valor necessário era maior, de R$ 7.638,62, ou 5,03 vezes o piso.
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Em maio de 2025, o tempo médio de trabalho necessário no país para adquirir os produtos da cesta básica foi de 107 horas e 43 minutos, menor do que o registrado em abril (108 horas e 55 minutos) e em maio de 2024 (110 horas e 31 minutos).