Brasil abre mais de 85 mil vagas formais de trabalho em novembro, mostra Caged
Resultado do mês passado foi fruto de 1.979.902 admissões e 1.894.038 desligamentos


Reuters
O Brasil criou mais vagas de trabalho formal do que o esperado por economistas em novembro, mas o saldo foi o mais baixo para o mês em pelo menos cinco anos, reforçando tendência de desaceleração do emprego com carteira assinada.
O país abriu 85.864 vagas formais de trabalho no mês passado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado foi fruto de 1.979.902 admissões e 1.894.038 desligamentos e ficou acima da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de criação líquida de 75.000 vagas.
Ainda assim, o saldo de novembro foi o menor para o mês da série histórica, que contabiliza dados desde 2020. Em novembro de 2024, foram criados 106.133 postos de trabalho. O saldo de outubro, divulgado há um mês, também havia sido o mais baixo para o mês da série.
No acumulado do ano até novembro, foram criadas 1.895.130 vagas, resultado abaixo do registrado no mesmo período em 2024, que teve abertura de 2.126.843 vagas. A diferença representa uma queda de 10,9%.
Dos cinco grupamentos de atividades econômicas, apenas dois registraram saldos positivos de vagas em novembro. O setor de comércio liderou a abertura de vagas, com 78.249 novos postos, seguido pelo setor de serviços, com 75.131. Registraram saldos negativos a agropecuária (-16.566), a construção (-23.804); e a indústria (-27.135).
Também nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego no Brasil caiu a 5,2% nos três meses até novembro, menor nível da série histórica iniciada em 2012, com novos recordes na renda e no número de pessoas ocupadas.
Em um sinal da resiliência do mercado de trabalho mesmo em meio aos juros elevados, o desemprego recuou 0,4 ponto percentual frente ao trimestre móvel anterior (junho a agosto de 2025) e caiu 0,9 ponto sobre o mesmo período de 2024. A queda foi maior do que a esperada por economistas. Nos três meses até outubro, a taxa ficou em 5,4%.
(Por Victor Borges; edição de Isabel Versiani)









