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Economia

Banco Central sobe para 2,3% previsão de crescimento do PIB em 2024

Segundo a autoridade monetária, enchentes "causaram expressiva queda na atividade econômica gaúcha, mas já há sinais de recuperação"

Imagem da noticia Banco Central sobe para 2,3% previsão de crescimento do PIB em 2024
Inflação deverá ficar em 4% em 2024 | Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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O Banco Central (BC) revisou para cima sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024 e prevê agora que a alta será de 2,3%. O novo percentual consta no relatório trimestral de inflação divulgado nesta quinta-feira (27). No informe anterior, divulgado em março, a projeção era de um crescimento de 1,9% no indicador neste ano.

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O documento desta quinta destaca que o ambiente externo continua "adverso e segue exigindo cautela por parte dos países emergentes". Segundo o BC, "permanecem elevadas as incertezas sobre a flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e quanto à velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países".

Os bancos centrais das principais economias continuam determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, "em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho".

Já no cenário doméstico, diz a autoridade monetária, "a atividade econômica mostrou ritmo forte e o mercado de trabalho se aqueceu mais". O BC ressalta que o PIB cresceu 0,8% no primeiro trimestre, "ritmo robusto e superior ao esperado". Ao mesmo tempo, pontua, "o desemprego recuou e os salários continuaram crescendo".

"Esses fatores justificaram revisão para cima da projeção de crescimento do PIB em 2024, de 1,9% para 2,3%. As enchentes no Rio Grande do Sul causaram expressiva queda na atividade econômica gaúcha, mas já há sinais de recuperação".

Inflação

O Banco Central projeta que a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficará em 4% em 2024, 3,4% em 2025 e 3,2% em 2026. No relatório anterior, eram estimados 3,5%, 3,2% e 3,2%, respectivamente.

"A elevação para 2024 atingiu 0,5 p.p. e para 2025 alcançou 0,2 p.p", salienta a autoridade monetária. "Para o horizonte relevante, o aumento resultou principalmente da atividade econômica mais forte que o esperado, que levou a uma elevação no hiato do produto estimado", explica.

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"Contribuíram ainda o aumento das expectativas de inflação, a depreciação cambial, a inércia do aumento da projeção de curto prazo e a utilização de taxa de juros neutra maior".

Por outro lado, o crescimento da taxa de juros real "foi fundamental para evitar um aumento mais significativo na projeção".

Segundo o BC, a inflação deve subir no segundo trimestre de 2024 e depois retomar trajetória de declínio, mas ainda continua acima da meta, de 3%.

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