Economia

Análise: STF diverge de PF durante acareação, e reafirma que Toffoli dá palavra final

Clima tenso marcou sessão de depoimentos e acareação em Brasília

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O ministro do STF Dias Toffoli | Ton Molina/STF

A série de depoimentos e acareação sobre o caso Master, nesta terça-feira (30), foi marcada por clima tenso entre depoentes e também entre Supremo Tribunal Federal e Polícia Federal. A conclusão que fica desse dia atípico no STF é que prevaleceu o ritmo que o relator do caso, Dias Toffoli, decidiu dar ao processo, que segue boa parte sob sigilo.

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Após se envolver em polêmica por viajar com advogado de um dos diretores investigados do Master, Toffoli decidiu pelos depoimentos, acareação, fazendo a investigação andar e assumindo posição de que é ele quem dá a palavra final.

Nesta terça, a delegada federal Janaína Pallazo e o juiz auxiliar do gabinete discordaram sobre a realização dos depoimentos. A autoridade policial teria dito que não foi informada oficialmente, e que prosseguiria apenas com a acareação. Enquanto o juiz auxiliar do gabinete de Toffoli argumentou que todas as decisões do ministro estavam no processo desde o início e que a PF deveria tomar os depoimentos antes.

O ministro Toffoli foi consultado na hora por telefone e reafirmou que a PF deveria cumprir o que já estava determinado. Como relator, o ministro se coloca como supervisor das atividades que são desenvolvidas na investigação, trazendo para ele muita responsabilidade sobre um caso que envolve bancos, empresários, políticos e um dano ainda incalculável contra clientes.

Dono do Master, Daniel Vorcaro prestou depoimento durante duas horas e meia. Em seguida, divergências foram constatadas pelo tribunal logo no início do depoimento do ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. Fontes do STF afirmam que a participação em seguida do diretor de fiscalização do Banco Central, Ailton Aquino, foi valiosa para colocar os investigados em “maus lençóis”.

Aquino foi dispensado depois. A acareação foi somente entre Vorcaro e Costa, durante cerca de 1 hora. Na visão de auxiliares do STF, as divergências foram significativas. Mas, para advogados que acompanham a audiência, a acareação foi tranquila.

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