Acionistas aprovam dupla listagem da JBS em Nova York e São Paulo

A assembleia de acionistas da JBS aprovou, nesta sexta-feira (23), o plano de dupla listagem das ações da empresa, com entrada na Bolsa de Nova York. A expectativa é que a partir de 12 de junho a JBS tenha papéis negociados nas bolsas de valores de Nova York e de São Paulo.

O objetivo, segundo a companhia, é "destravar valor da empresa, adequar a estrutura de capital ao perfil global e diversificado da JBS e ampliar a capacidade de investimento, mantendo disciplina financeira".

A decisão foi tomada pelos acionistas minoritários. "O resultado da assembleia demonstra que os acionistas estão confiantes nos benefícios gerados a partir da dupla listagem e na adequação da estrutura societária ao perfil global e diversificado da companhia", afirmou Gilberto Tomazoni, CEO da JBS.

"A medida deve destravar ainda mais valor da JBS, com maior acesso a investidores e a juros mais competitivos, para ampliar a capacidade de financiar o crescimento a um menor custo, acelerando a estratégia de diversificação", disse o CFO da empresa, Guilherme Cavalcanti.

História

A JBS foi criada há 72 anos, com a fundação da Casa de Carnes Mineira, por José Batista Sobrinho, o "Seu Zé Mineiro", em Anápolis (GO). Depois, o pequeno açougue passou a fornecer carne bovina para os canteiros de obras da construção de Brasília, o que impulsionou seu crescimento.

Novas fábricas foram abertas, em Goiânia e Andradina (SP). E a partir dos anos 1990, a empresa mirou mercados internacionais.

Em 2007, houve a abertura de capital na Bolsa de Valores de São Paulo. A companhia passou a adquirir grandes marcas internacionais, entre elas, americanas, espanholas e australianas.

Atualmente, a JBS está entre as maiores empresas de alimentos do mundo. São mais de 250 fábricas, com produção em 17 países. Atende cerca de 300 mil clientes, com vendas em mais de 180 países.

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