Acre, Amazonas e Roraima registram aumento de casos de febre do Mayaro
Doença com sintomas parecidos com os da dengue e chikungunya acende alerta no Norte do país
SBT Brasil
No Norte do país, as autoridades estão em alerta com o crescimento dos casos de febre do Mayaro, uma doença que possui sintomas semelhantes aos da dengue e da febre chikungunya.
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Os dados dos primeiros cinco meses do ano chamaram a atenção. Desde janeiro, foram confirmados 12 casos de febre do Mayaro no Acre, segundo a Secretaria de Saúde. O número já supera o total registrado durante todo o período de 2023 e 2024 juntos.
Além do Acre, outros estados da região Norte também tiveram aumento nos casos. Em Roraima, foram registrados 28 pacientes diagnosticados com a febre do Mayaro, sendo mais da metade na capital, Boa Vista. A situação mais preocupante ocorre no Amazonas, onde, em pouco mais de um mês, quase 200 casos foram registrados.
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Sintomas
Os sintomas são parecidos com os da dengue, chikungunya e febre amarela —incluem dores musculares, dores nas articulações e febre alta. A febre do Mayaro é uma doença viral transmitida por mosquitos que vivem, principalmente, em regiões de mata.
“É um ciclo silvestre, que ocorre entre o mosquito e primatas não humanos, e, eventualmente, acomete o ser humano quando ele está em áreas de transição, como regiões silvestres, periurbanas ou rurais”, explica Marcos Ferreira, biólogo da Secretaria de Saúde do Acre.
Para prevenir os casos, a principal recomendação é a mesma adotada para o combate ao mosquito da dengue: eliminar focos de água parada, onde o mosquito se reproduz. Além disso, ao acessar áreas de mata, é fundamental usar roupas compridas e repelentes.
Na maioria dos casos, a febre do Mayaro tem cura em poucos dias. Porém, em situações mais raras, a doença pode evoluir para complicações neurológicas, cardíacas e até levar à morte. Por isso, os especialistas reforçam a importância de buscar atendimento médico imediato ao apresentar os sintomas.
“Até pra fazer uma coleta no tempo certo. Essa coleta será encaminhada para o laboratório, possibilitando a testagem e identificação do vírus”, completa o biólogo.
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