Confiança do empresário industrial volta a subir, diz CNI
Pela tendência atual, as companhias podem até investir e contratar já no primeiro semestre de 2024
Guto Abranches
O empresário da indústria está mais confiante agora no mês de dezembro. Esta é a "síntese do sentimento" do empreendedor fabril: é o quê ele espera e como está avaliando o que vem pela frente nos próximos seis meses do setor. A constatação está no resultado do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) que chegou a 51 pontos. É um avanço efetivo de 0,6 ponto percentual. O indicador foi divulgado nesta 3ª(12.dez) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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O índice varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos - em azul no quadro abaixo - indicam alta na confiança do empresário, e quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais distribuída está a percepção entre eles. Veja a evolução do índice nos últimos dez anos.
Todas as vezes em que os números - e linhas do gráfico - aparecem em vermelho, indicam movimento de menor confiança entre os industriais. Não é o caso da posição agora. Mesmo quando considerado o aspecto das Condições Atuais da economia e das empresas, há sim uma permanência abaixo dos cinquenta pontos, mas a CNI ressalta que os 46,8 pontos apurados agora já são um acréscimo em comparação com o índice anterior: pra ser exato, uma recuperação de 1,1 ponto percentual sobre o número de novembro. Ou seja, a piora é menos intensa do que a de novembro, avaliam os empresários.
Próximos passos
A julgar pela pesquisa atual, mantidas as posturas do empresariado é correto pensar em maiores chances para que os líderes realizem investimentos e até contratações no intervalo de tempo observado pela pesquisa. Ou seja, hoje, a possibilidade de que os empresários invistam e até contratem novos colaboradores é maior do que nos três meses anteriores.
"Não é possível dizer nem quanto nem quando essas ações serão adotadas, mas a pesquisa tem por ideia antecipar estes movimentos. E o que se pode dizer é que, sim, aos poucos, os industriais vão emitindo sinais de maior otimismo e confiança, até pra que estas ações aconteçam", diz Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI
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