Fazenda recebe indicações que agência de risco prepara melhora da nota de crédito do Brasil

A equipe do ministro Fernando Haddad repassou, nesta 5ª feira (9.nov), dados oficiais da economia brasileira para analistas da agência de risco Standard & Poor?s. Oficialmente, o ministro e auxiliares tratam o encontro como reunião de rotina, que é feita de forma periódica. Mas, diante de todas as ações da equipe econômica e da aprovação do texto da reforma tributária, no Senado, com a perspectiva de que a simplificação da cobrança de tributos seja promulgada até dezembro, auxiliares de Haddad acreditam que até o fim do ano a agência, que em junho anunciou a melhora da nota do Brasil, poderá repetir a avaliação positiva. 

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Ao SBT News, o ministro Fernando Haddad disse que os analistas não informaram se a nota será modificada, no entanto, ressaltou que existe a expectativa de mudança por conta de todo o esforço que vem sendo feito pelo governo. 
Os analistas da Standard & Poor?s estiveram também com os parlamentares envolvidos na discussão do texto da reforma tributária para mapear qual o grau de comprometimento do Congresso em fazer com que, após a aprovação definitiva do texto, as leis complementares que irão viabilizar a aplicação da simplificação dos tributos não emperrem no parlamento. 

A abordagem dos agentes criou a expectativa de que o Brasil possa voltar a ter um bom "rating" -- nota que classifica o risco para os investidores. No caso da Standard & Poor?s, as letras vão de A a D ? sendo o AAA de mais alta qualidade e a D, a pior, quando um país está próximo da insolvência. O Brasil tem hoje um grau intermediário nessa classificação de risco. 

Há 15 anos, em 2008, o Brasil esteve no primeiro grupo. No segundo mandato do presidente Lula, o país obteve o chamado grau de investimento e passou a ser considerado um destino seguro para investidores. O selo foi perdido, em 2015, um ano antes da então presidente Dilma Rousseff passar pelo processo de impeachment.