Publicidade
Economia

Produção industrial em julho recua 0,6%, o dobro do esperado

Resultado leva o nível de atividade das fábricas a ficar 2,3% abaixo do patamar de antes da pandemia

Imagem da noticia Produção industrial em julho recua 0,6%, o dobro do esperado
Mercado automotivo
• Atualizado em
Publicidade

A produção industrial brasileira teve queda de 0,6% em julho, em relação a junho. Na comparação com julho do ano passado, a queda é maior: 1,1%. São dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), apresentada nesta 3ª(05.set) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dois resultados tiveram quedas em dobro em relação ao esperado pelos especialistas de mercado.  

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News 

Desde janeiro, o setor acumula queda de 0,4%, e em 12 meses está no zero a zero (estável). 

Maioria a ré

Das 25 atividades pesquisadas, 15 tiveram redução no ritmo de produção. Veículos automotores desaceleraram 6,5%; indústrias de extração caíram 1,4%, informática, óticos e eletrônicos tiveram baixa ainda maior: 12,1%. 

E mesmo com 9 setores registrando alta na produção, entre eles farmoquímicos e farmacêuticos com + 8,2% e produtos alimentícios, com + 0,9%, o acumulado não é animados: a indústria está 2,3% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020. Já na comparação com o pico histórico de atividade, maio de 2011, a distância a menor é de 18,7% para os números atuais. Entre os principais setores, as quedas mais significativas foram:  

  • Bens de capital: - 7,4%
  • Bens de consumo durável: - 4,1%
  • Bens intermediários (insumos): - 0,6%         

Altas foram registradas em bens de conumo semi e não duráveis, com + 1,5%. 

Balanço do ano

Apenas em março e maio houve alta na produção industrial: 1,1% e 0,3% respectivamente. Junho ficou estável e em janeiro houve queda de 0,2%; em fevereiro - 0,3% e em abril - 0,7%. As taxas de juros ainda em patamar elevado criaram dificuldades para a produção de bens que custam mais caro e dependem de financiamento (crédito) para o consumidor.

"Não por acaso, um exemplo muito claro desse reflexo negativo é a parte de bens de consumo duráveis, segmento que está 22,6% abaixo do patamar pré-pandemia e 42,1% abaixo do seu ponto mais elevado na série histórica, que foi alcançado em março de 2011", analisa o pesquisador do IBGE, André Macedo. 

Leia também 

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade