Bolsa volta a subir depois de melhora na perspectiva de crédito do Brasil
Desempenho das bolsas dos EUA ajudou, mesmo com queda da Petrobras. Dólar se mantém em R$ 4,80
Guto Abranches
No dia seguinte à revisão da perspectiva do Brasil junto à agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P), a Bovespa oscilou, mas fechou em alta, subindo 0,16%, sustentando a margem de 119.259 pontos. O volume financeiro movimentado foi de R$ 6,397 bilhões.
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O dólar fechou em leve queda de 0,09%, valendo R$ 4,8022. Durante o pregão, a moeda americana furou o teto de R$ 4,8, chegando ao valor de R$ 4,7953. Na movimentação do dia, as mesas de negócios levaram em conta a repercussão da melhora da perspectiva da nota brasileira pela S&P. Também esteve no radar a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que falou em entendimento entre os poderes da República para fazer avançar a agenda econômica. E cobrou diretamente as decisões sobre os juros. " Tá faltando o Banco Central trabalhar alinhado com a gente", disse Haddad.
Já os papéis da Petrobras fecharam com quedas fortes: Petrobras PN (PETR4) = 2,35%; Petrobras ON (PETR3) estável. O resultado veio depois que a companhia anunciou redução no preço médio da gasolina tipo A para as distribuidoras: menos R$ 0,13. Com a medida, o preço médio do litro passou a ser de R$ 2,66. Na bomba, para o consumidor, o valor médio estimado foi de R$ 5,33. Do ponto de vista dos investimentos, a redução jogou contra. E a pressão sobre o índice global da bolsa existiu, mas não foi determinante para o fechamento.
Tudo azul
O Ibovespa se valeu também do êxito dos pregões em Wall Street. Os investidores interpretaram com otimismo a decisão do Banco Central dos EUA (Federal Reserve), desta 4ª feira (14.jun), de manter inalterada a taxa de juros de referência, no intervalo entre 5,00% e 5,25% ao ano até a próxima reunião do Comitê que decide os rumos da política norte-americana, no final de julho. Até mesmo o comunicado que saiu depois da decisão ajudou, somado ao pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizando que novas altas poderão ser aplicadas com o propósito de trazer a inflação de volta à meta de 2% a.a. No fechamento dos negócios desta 5ª feira (15.jun), os principais índices de Wall Street ficaram assim:
- Dow Jones: + 1,27%
- S&P 500: + 1,22%
- Nasdaq: + 1,15%
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