Carros seminovos tem preço em queda com descontos dos 0 km
Juros altos dificultam financiamentos e comerciantes reduzem margens para acompanhar o mercado
A queda no preço do carro zero quilômetro, com o pacote do governo de incentivo às montadoras, provoca reflexo também no mercado de usados. Em São Paulo, a redução no valor dos veículos é de dois mil reais, em média.
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Trocar de carro. A ideia de muitos brasileiros ganhou força com a queda nos preços. Em São Paulo, há descontos generosos. Um carro que tinha preço original de R$ 63.900,00 agora sai por R$ 60.500,00. Outro exemplo. Há reduções de preços de R$ 3.000,00 ou até R$ 5.000,00. As quedas são resultado das medidas anunciadas recentemente pelo governo, para incentivar a indústria de automóveis. A expectativa é e que o corte de quase 11% nos impostos provoque até R$ 8 mil de descontos nos veículos novos com preço de até R$ 120 mil. E os reflexos da novidade já aparecem também no mercado de veículos seminovos. "Nós baixamos em torno de 2,5 a 3 mil reais pra nos tentarmos acompanhar os preços agora também dos zeros e pra nós aumentarmos as nossas vendas", revela a comerciante Rosana Lopes.
Pós pandemia
Os carros usados tiveram uma forte valorização durante a pandemia, quando os novos ficaram em falta por conta da escassez de peças e insumos. Mas com a volta da atividade econômica mais intensa e os juros altos, o que dificulta o financiamento, as vendas caíram bastante. A tendência agora é de preços em queda. Sete modelos, de até R$ 70 mil, já tiveram diminuição no valor da Tabela Fipe, que serve de referência para o mercado, segundo um levantamento feito pela produção do SBT. A associação dos fabricantes fez as contas e dá como certo que o dinheiro liberado para o programa só dura um mês. " O governo vai ter que olhar isso e ver se vai dar uma extensão. O Haddad [ Fernando Haddad, ministro da Fazenda] falou que o dinheiro tá aí, quando acabar o dinheiro acabou o programa. Se for isso em 1 mes acaba o programa, aí é muito curto pra você ter um efeito de verdade, né?" , analisa Flavio Padovan, consultor automobilístico.
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