Dinheiro em espécie é cada vez menos utilizado por brasileiros, diz BC
Pix e cartões de crédito seguem liderando transações financeiras
Camila Stucaluc
Um levantamento do Banco Central (BC) apontou que os brasileiros estão utilizando cada vez menos o dinheiro em espécie para fazer pagamentos do dia a dia. Segundo a instituição, o uso de meios digitais para fins de transações financeiras está crescendo de forma acelerada, sobretudo devido às inovações tecnológicas, como o Pix.
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Em 2019, por exemplo, os saques de dinheiro em caixas eletrônicos totalizaram R$ 3 trilhões, cifra que foi caindo gradualmente para R$ 2,5 trilhões, em 2020, e para R$ 2,1 trilhões em 2021 e 2022. Para o BC, a queda é resultado de uma série de fatores, como o arcabouço legal e infralegal e os reflexos da pandemia de covid-19.
"Essa revolução na forma de realização de pagamentos espelha um processo contínuo de digitalização da economia, que perpassa o avanço do e-commerce como meio usual de realização de compras, bem como a revisão e adaptação do modelo de negócios de instituições financeiras tradicionais", avalia Angelo Duarte, chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do BC.
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Sobre a evolução do ticket médio dos diferentes meios de pagamento, o balanço mostra o uso preponderante do Pix e dos cartões (especialmente o pré-pago) nas transações de valor mais baixo. Transferências interbancárias e intrabancárias, por sua vez, foram as principais opções para transações corporativas, de valores mais altos.