Comércio virtual de livros supera livrarias físicas pela primeira vez
Segmento foi responsável por 35,2% do faturamento das editoras em 2022
Camila Stucaluc
As vendas no setor editorial brasileiro registraram um crescimento nominal de 3% em 2022. A cifra, divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), foi influenciada pelo comércio online, que, pela primeira vez na história, superou a venda de livrarias físicas, alcançando 35,2% da participação no faturamento das editoras.
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No geral, o lucro das editoras com a venda à la carte - uma unidade inteira -, representou 54% do conteúdo digital comercializado. Outras categorias, como assinatura, plataformas educacionais e bibliotecas virtuais, corresponderam por 46%. Apesar do crescimento, o conteúdo digital continua representando 6% do mercado editorial.
Outro ponto observado é que, também pela primeira vez, eventos literários, como feiras e bienais, apareceram entre os cinco primeiros canais na participação do faturamento das editoras. "Esse resultado é o reconhecimento do esforço para apresentar os lançamentos e aproximar o público das obras e dos autores", diz a pesquisa.
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Para o presidente do Snel, Dante Cid, os números do último ano mostram que o mercado continua acompanhando a situação econômica do país, mas que ainda depende que o Brasil supere obstáculos econômicos e sociais para permitir a expansão do hábito da leitura. Uma das tendências observadas é a influência de canais digitais no setor.