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Economia

Campos Neto defende juros altos para combater inflação persistente

Presidente do BC voltou a alegar que taxa da Selic é resultado de análise técnica da autarquia

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Campos Neto defende juros altos para combater inflação persistente
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a defender a atual taxa básica de juros, a Selic, hoje em 13,75% ao ano. Convidado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para prestar esclarecimentos a respeito do tema, o dirigente da autarquia elencou motivos que impedem a queda da inflação e, consequentemente, da taxa de juros, mecanismo usado para controlar a perda do poder de compra.

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Pelo menos três fatores foram destacados por Campos Neto, como responsáveis pela inflação persistente, que inviabiliza a baixa na taxa de juros:

  1. Descontrole das contas públicas no médio e longo prazo
  2. Baixo nível de recuperação de crédito no Brasil
  3. Alto volume do crédito direcionado com juros subsidiados

Diante das alegações, Campos Neto disse que não existe solução instantânea para a queda da Selic.

"É muito importante a gente entender que não tem mágica no fiscal [contas públicas] e, infelizmente, nem bala de prata. Se não tiver as contas em dia, em perspectiva a gente não consegue melhorar", disse.

Campos Neto também alegou que o controle da taxa de juros, com base na expectativa da inflação, trata-se de instrumento de controle econômico com efeitos duradouros, que são possíveis por meio do que chamou reiteradas vezes de análises técnicas e apartidárias. "O Banco Central tem horizonte de atuação técnico que difere por muitas vezes do ciclo político, mas que maximiza o resultado para a sociedade no longo prazo", afirmou.

Críticas

Apesar das explicações, Campos Neto tem sido alvo constante do Presidente Lula, por conta da taxa de juros. A última crítica foi feita durante viagem a Portugal, na 2ª feira (24.abr). O governo federal defende que a política monetária do Banco Central atrapalha o desenvolvimento do país, já que deixa o crédito mais caro para a tomada de investidores, que podem preferir a renda fixa atrelada à taxa de juros.

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