Comércio da capital paulista cresce 7,7% no 2° semestre de 2022
De acordo com Associação, as vendas do varejo em SP não recuperaram níveis pré-pandemia
As vendas do comércio na capital paulista cresceram 7,7% no segundo semestre do ano passado. O dado faz parte do indicador calculado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
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A avaliação é de que o crescimento do período julho a dezembro de 2022 foi impulsionado pelos programas de transferência de renda do governo federal, pelo aumento do emprego e pela recuperação da confiança dos consumidores.
De acordo com a Associação Comercial, não é possível fazer a comparação com o mesmo período do ano anterior e nem com o primeiro semestre de 2022, por conta das medidas de restrição impostas pela Covid-19. O resultado anual para 2022 aponta retração de 2,4% em paralelo ao ano de 2019, período pré-pandemia.
Perspectivas 2023
Para o ano que se inicia, os economistas da ACSP apostam num crescimento modesto, principalmente devido ao peso da taxa de juros elevada. " Outra questão é o crédito: o nível de endividamento é alto. Os bancos não estão com apetite para emprestar. Falta confiança", avalia Alfredo Cotait, presidente da ACSP.
Nas projeções dos economistas do comércio, fechar o ano com evolução de vendas na casa de 1,5% parece ser o prognóstico mais ajustado.
PIB
Para o desempenho macro da economia do país, os números não são dos mais alentadores. Os cálculos na ponta do lápis mostram uma expectativa de crescimento de 0,6% para o curso de todo o ano de 2023.
"O cenário para 2023 é incerto. E quem vai comandar é a economia internacional", diz Cotait.
"Não sei se estamos no ano ou na era da incerteza. O primeiro governo Lula fez crescimento com uma larga oferta de crédito. Desta vez isso não será possível" - Alfredo Cotait
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