Crescimento inclusivo e sustentável é principal desafio do país, diz Arida
Economista participa de conferência nos EUA; ele integra equipe de transição do presidente eleito Lula
SBT News
O economista Pérsio Arida, um dos idealizadores do Plano Real, disse nesta 3ª feira (15.nov) que o principal desafio da economia brasileira é crescer de forma inclusiva e que respeite o meio ambiente. "Nosso principal desafio econômico hoje é crescermos de forma inclusiva e sustentável. Não é matéria fácil o Brasil tem decepcionado em matéria de crescimento, em matéria de inclusão e na preservação do meio ambiente", disse.
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Além de defender reformas, Arida afirmou que o governo deve criar ações a curto prazo para ajudar a população mais pobre.
"No curto prazo temos que atender a essa massa da população marginalizada, sem inserção no mercado de trabalho, que fome. Em outras palavras, temos que crescer com programas sociais e emergenciais, por um período razóável de tempo."
Ele destacou, no entanto, que a inclusão social a longo prazo é atingida por meio de investimentos na educação. Além disso, frisou a importância de três reformas na economia: a abertura e integração do Brasil com o mundo, reforma de Estado e reforma tributária e disse que o país precisa revisar os gastos públicos.
O economista citou a entrada do país na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e o acordo entre Mercosul e União Europeia como importantes ferramentas de abertura da economia do país.
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Pérsio Arida participou do Lide Brazil Conference, em Nova York, nos EUA. O evento que contou a presença de autoridades, juristas e políticos brasileiros, entre eles o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e do ex-presidente Michel Temer.
O economista é um dos integrantes da equipe de transição do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e apoiou o petista durante as eleições deste ano. Ele presidiu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre 1993 e 1994, e o Banco Central, em 1995, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.