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Economia

Teto de gastos foi "mal construído" e Meirelles "nem economista é", diz Guedes

Em evento da Fiemg, ministro chegou a afirmar que político do União Brasil "fala empolado"

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Paulo Guedes fala ao microfone, à frente das bandeiras do Brasil e de Minas Gerais (Reprodução/Fiemg)
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Em discurso no evento Perspectivas para o Cenário Econômico Nacional -- da Fiemg --, em Minas Gerais, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a admitir nesta 4ª feira (26.out) que o governo de Jair Bolsonaro (PL) furou o teto de gastos, que entrou em vigor em 2017 para limitar o crescimento das despesas públicas, e alfinetou o ex-ministro da Fazenda responsável pela criação da medida, Henrique Meirelles (União).

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Guedes chamou o teto de "mal construído" ao justificar o furo pela atual gestão: "Fizemos a Lei Kandir para mandar recursos para mais Brasil, menos Brasília. A Lei Kandir para estados e municípios, cessão onerosa para estados e municípios, e aí dizem que a gente furou o teto. A gente furou o teto porque o teto é mal construído. Se a ideia é reduzir o Governo Federal porque o povo vive nas cidades e nos estados, se eu quiser transferir dinheiro, reduzir o Governo Federal, que tolice é essa de ter um teto que diz que eu tô... o teto que não é para deixar o governo crescer, quando eu quero fazer o governo diminuir, eu não posso porque eu furo o teto".

Ainda de acordo com Guedes, este é "tão mal construído" que o próprio Meirelles admitiu que entrará num eventual governo Lula furando. "Então ele fez um teto, passou aí um, dois anos falando 'estão furando o meu teto' [imitando a voz do ex-ministro], ele fala empolado, né? 'Estão furando o meu teto, estão furando o meu teto' [imitando a voz], já anunciou que vai entrar furando. Já vai entrar furando. Então por quê? Porque é um teto muito mal construído", pontuou. Não há qualquer confirmação de que Meirelles fará parte de um eventual novo governo Lula. Ele foi presidente do Banco Central durante a gestão do petista no Planalto, no passado, e apoia a eleição dele em 2022.

Quando Guedes afirmou que Meirelles "fala empolado", gerou risos na plateia. No momento em que criticava o teto também, o ministro da economia relembrou que o político do União Brasil "nem economista é"; ao fazer a afirmação, foi aplaudido. Meirelles é graduado em engenharia civil e mestre em ciências da administração. Foi o presidente do Banco Central a ficar mais tempo no posto. Em sua trajetória, tem atuação ainda, por exemplo, como presidente do Bank Boston. Em 2018, concorreu à Presidência da República, mas não foi eleito.

Salário mínimo e impostos

Também no discurso no evento da Fiemg, Guedes prometeu aumentar o salário mínimo acima da inflação: "Não acreditem em fake news. Todo dia tem uma. As pessoas que não estão contentes em roubar só materialmente, começam a tentar roubar o espírito, roubar a tranquilidade do cidadão, a tranquilidade da família. Não tem nenhum Plano Guedes, não tem nenhum plano secreto, não tem nada. Nós temos um plano que todo mundo conhece. O que nós estamos fazendo é o que nós vamos continuar fazendo. Se nós demos aumento para salário mínimo e para aposentadorias, pensões e benefícios durante a tragédia e a guerra, o que nós vamos fazer agora que a pandemia foi embora? Nós vamos dar aumento acima da inflação".

Além disso, chamou de "fake news" afirmação de que o governo Bolsonaro aumentará o imposto sobre a classe média porque retirará isenções para a educação e saúde.

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