Atividade econômica cresceu 0,6% em julho, aponta Monitor do PIB-FGV
Segundo coordenadora da pesquisa, melhora "refletiu o desempenho positivo da indústria e dos serviços"
Em julho, a atividade econômica do Brasil cresceu 0,6%, em comparação com o mês anterior, e 3,1%, frente ao registrado no sétimo mês de 2021, de acordo com dados do Monitor do PIB-FGV divulgados nesta 2ª feira (19.set).
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Segundo Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, a melhora observada no mês retrasado "refletiu o desempenho positivo da indústria e do setor de serviços". "Nos serviços, as sete atividades contempladas pelo Monitor do PIB-FGV cresceram na comparação com junho. Pela ótica da demanda, a exceção da formação bruta de capital fixo, o desempenho também foi positivo nos seus demais componentes. Esses dados indicam que o desempenho da economia em julho foi explicado principalmente pelo consumo; padrão que tem sido observado ao longo do ano", completa.
A formação bruta de capital fixo (FBCF), explica Trece, "sinaliza a ampliação da capacidade produtiva da economia". Conforme a coordenadora da pesquisa, a queda que o componente apresentou em julho (0,8% ante o resultado de junho e 2,3% ante o do mesmo mês de 2021) "não é suficiente para indicar tendência de desaceleração deste componente", mas "pode ser um alerta de enfraquecimento quando se considera que os juros estão em patamares elevados e isso tende a impactar negativamente a ampliação da capacidade produtiva da economia".
Outro componente da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,5% em julho, em comparação com o registrado em junho deste ano, e 4,3% ante o resultado do mesmo mês do ano passado. A exportação de bens e serviços subiu 1,6% e 4,7%, respectivamente. Já a importação cresceu 3,4% e 12,3%. O monitor estima que o acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro até julho deste ano foi de cerca de R$ 5,5 trilhões.
No trimestre móvel encerrado em julho, a atividade econômica do país subiu 3,3%, em relação ao mesmo período de 2021. O consumo das famílias, 4,3%, por causa do consumo de produtos não duráveis e, especialmente, pelo de serviços. A FBCF cresceu 2,3%. A exportação de bens e serviços, por sua vez, caiu 0,7%, resultado para o qual contribuíram quedas na exportação de produtos agropecuários e da extrativa mineral. Já a importação cresceu 4,6%, por causa dos bens de capital e, principalmente, dos serviços importados.
Ainda de acordo com o monitor, a taxa de investimento (FBCF/PIB) no último mês de julho foi de 18,6%. "Este resultado apresenta uma taxa de investimento acima da taxa de investimento média trimestral considerando o período desde 2000 [18%] e acima da taxa de investimento média considerando o período desde o 1º trimestre de 2015 [16,5%]", diz a Fundação Getulio Vargas.
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