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Economia

B3 quer mais diversidade em altos cargos das empresas

Em audiência pública, proposta quer sugestões de como fazer, mas regra já vai valer em 2023

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Mulher
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A bolsa de valores do Brasil, chamada de B3, abriu audiência pública para receber sugestões de como aumentar a diversidade de gênero e grupos minorizados em cargos de alta liderança. Até o dia 16 de setembro o texto deve ser finalizado para vigorar a partir de 2023.

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A B3 propõe um mecanismo conhecido como "pratique ou explique", no qual as companhias que eventualmente não conseguirem implementar o programa precisarão indicar aos investidores e o mercado os motivos que inviabilizaram o avanço.

A previsão é que as companhias brasileiras tenham ao menos uma mulher e um integrante de comunidade minorizada (pessoas pretas ou pardas, integrantes da comunidade LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência) em seu conselho de administração ou diretoria estatutária em até dois anos.

Conforme a B3, das 423 companhias listadas, 60% não têm mulheres entre seus diretores e 37% não possuem participação feminina no conselho de administração. Mas, houve evolução na diversidade de gênero nos conselhos de administração n comparação com estudo anterio, de 2021. Aumentou 16 pontos percentuais, de 58% para 74%.

Não há dados das comoanhias sobre raça e etnia, mas um levantamento entre as 73 empresas que participaram do processo seletivo do Índice de Sustentabilidade da B3 (ISE) mostra o quanto é necessário avançar: 79% delas responderam ter entre 0 e 11% de pessoas negras em cargos de diretoria, e 78% declararam ter entre 0 e 11% de pessoas negras em cargos de C-level.

Além disso, a proposta inclui mudanças na política de remuneração variável da administração das companhias, que deverão incluir indicadores de desempenho ligados a temas ou metas ESG. Caso as empresas optem por programas de remuneração variável sem indicadores ESG, precisarão explicar os fundamentos da decisão ao mercado e aos investidores.

"Entendemos como papel da B3 também ajudar a induzir mudanças e avanços no mercado financeiro. O tema da diversidade é um dos que precisamos priorizar, e acreditamos que a implantação das melhores práticas deve ocorrer de maneira progressiva, com prazos que permitam a necessária evolução da diversidade dentro das companhias. Mesmo na questão da participação feminina, que a sociedade debate há mais tempo, constata-se que grande parte das empresas listadas ainda não possui nenhuma mulher em suas diretorias estatutárias e conselhos de administração", diz Viviane Basso, vice-presidente de Operações ? Emissores, Depositária e Balcão da B3.

O conteúdo pode ser consultado clicanco aqui. A audiência pública receberá os comentários do mercado e da sociedade pelo e-mail sre@b3.com.br. As contribuições serão avaliadas, e o texto final do Anexo será submetido à aprovação dos órgãos internos da B3 e, em seguida, da CVM.

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