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Economia

BC poderá emitir moeda com aumento do Auxílio Brasil, segundo economista

Raul Velloso foi o entrevistado do programa Perspectivas desta 4ª feira, apresentado por Débora Bergamasco

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Raul Velloso
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O consultor macroeconômico Raul Velloso disse que o aumento do valor pago do Auxílio Brasil pode ocasionar na emissão de moeda pelo Banco Central. Segundo ele, isso ocorre de forma indireta, em que o governo emite um título ao mercado financeiro e, dessa forma, possa captar o dinheiro que precisa para pagar o benefício. A compensação financeira ao mercado financeiro, explica, ocorre por meio do pagamento de juros. 

"Temos de olhar, antes de mais nada, nos desassistidos, que são os beneficiados. Essa é uma situação em que se tem uma forte justificativa para fazer uma emissão de moeda, mesmo que de forma indireta", explicou. 

O economista também afirmou que a polarização política" tem atrapalhado o país a discutir os principais temas da economia impactam a sociedade''. "A guerra entre os extremos aparece com muita força e, ao meu ver, perturba a discussão das questões econômicas fundamentais que o país precisa enfrentar", afirmou.

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O economista participou nesta 4ª feira (10. ago) do programa Perspectivas, do SBT News, apresentado pela jornalista Débora Bergamasco.  

Velloso também criticou o fato do mercado financeiro focar em análises de curto prazo. "Faz falta ter uma discussão de prazo mais longo. Precisamos disso". Segundo ele, esse tipo de análise também ocorre nas discussões sobre economia nas eleições, "em que os candidatos tentam destruir os seus opositores".

Para o país crescer de forma duradoura, de acordo com ele, são necessários mais investimentos na capacidade de produção, como em infraestrutura para que o Brasil tenha mais ganho de produtividade. 

Raul Velloso também defendeu mudanças no Teto de Gastos, dizendo que os Estados Unidos possuem um sistema mais eficaz, onde há um teto de endividamento que pode ser alterado com o aval do Congresso.
Perfil

Raul Velloso é bacharel pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Mestre pela FGV-Rio e Yale University (EUA) e Ph.D. em Economia pela Yale University. Foi docente na UERJ e na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), entidade vinculada ao Ministério da Economia. Atualmente é presidente do Fórum Nacional do Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE), consultor econômico de empresas, bancos, organismos multilaterais e entidades públicas.
Assista a entrevista na íntegra:


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