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Economia

Pandemia é apontada como principal motivo de desvalorização dos salários

Pesquisa mostra que o salário de contratação caiu em 128 das 140 principais profissões do país

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Pessoas caminhando em via (Reprodução/SBT Brasil)
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A pandemia do novo coronavírus é apontada por especialistas como o principal motivo de desvalorização dos salários e queda no poder de compra de uma parcela importante da população.

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Simone Kasper é operadora de telemarketing e tem percebido que a dificuldade para pagar as contas está cada vez maior. É que o salário que Simone recebe vale cada vez menos. Isso significa que o que ela comprava antes, já não consegue comprar mais.

De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), dois motivos tornam a situação ainda pior para aqueles que entraram no mercado de trabalho entre maio de 2021 e maio de 2022. "O primeiro deles, sem dúvida alguma, é a inflação alta. Inflação de 12% não é fácil de ser superada do ponto de vista do rendimento. Principalmente se a gente considerar o segundo fator, que é a taxa de desemprego. Ela vem caindo, é verdade, mas ainda está num patamar muito alto, próxima de10%. Quando você tem uma taxa de desemprego relativamente elevada, como essa que a gente ainda tem, a tendência é que o salário daquelas pessoas que entram no mercado de trabalho não consigam acompanhar a inflação, independentemente do nível que ela esteja", fala Fábio Bentes, economista da CNC.

O levantamento, feito com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que o salário de contratação caiu em 128 das 140 principais profissões do país. Entre os que tiveram as maiores perdas, estão os motoristas de ônibus e auxiliares administrativos (19%). Por outro lado, 12 profissões registraram ganhos. Principalmente por conta da demanda que surgiu na pandemia, os médicos clínicos, professores de Ensino Médio e Fundamental e os analistas de desenvolvimento de sistema passaram a ser mais valorizados.

"Na área da educação infantil, a reabertura da economia, a demanda por esse tipo de profissional aumentou muito. Aumentou de forma contínua nos últimos 12 meses", explica Bentes.

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