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Economia

Taxa básica de juros deve ficar alta por mais tempo, informa BC

Banco Central estima inflação acima da meta ainda em 2023, forçando a política contracionista

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BC
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A taxa básica de juros (Selic) deve ficar no atual patamar por mais tempo que o planejado, informou o Banco Central (BC) ao divulgar a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta 3ª feira (21.jun).

A informação desanima quem imaginava que o Copom estaria chegando a conclusão de suas políticas monetárias contracionistas. De fato, nos dias 2 e 3 de agosto devem ocorrer reuniões que para definir um possível último reajuste, de mais 0,5 ponto percentual. Alta que fará a Selic chegar aos 13,75%, maior patamar desde 2017. Porém, esse nível não tem data limite, por enquanto. Ao menos até que surjam indícios de desaceleração da inflação.

Mas, as projeções mostram o contrário. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) ficará acima da meta, de 3,5%. A estimativa é de uma alta de 8,8% em 2022. Para o próximo ano, a autoridade monetária estima inflação de 4%, o que também é acima da meta de 3,25%.

BC longe da meta?

O teto da inflação seria de 5%. Caso não aconteça, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, terá que redigir uma carta pública explicando o motivo. É o que exige a lei que autorizou a autonomia do Banco Central. Porque aa autoridade monetária precisa assegurar o poder de compra da população. Já aconteceu no ano passado, quando a inflação chegou a 10,06% com uma meta de 3,75%. 

Selic não segura inflação?

A Selic em patamar elevado não deveria segurar a inflação? O efeito é mais demorado que o necessário, disse o Banco Central na mesma ata. A alta taxa básica de juros só deve desalecerar demandas a partir do terceiro trimestre desse ano.

+ Copom eleva taxa de juros da economia para 13,25% ao ano

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